O PMDB de Curitiba tenta uma última cartada para mudar o rumo da eleição na capital paranaense. O partido entrou, ontem, com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral na 1.ª Zona Eleitoral de Curitiba pedindo a declaração de inelegibilidade do prefeito Beto Richa (PSDB), favorito para reeleger-se já no primeiro turno, segundo todas as pesquisas eleitorais.
E são justamente as pesquisas eleitorais que servem de argumento para o pedido do PMDB. Segundo o advogado Emerson Norihiko Fukushima, que representa o partido na ação, a candidatura de Beto Richa teria se utilizado dos institutos de pesquisa e dos meios de comunicação.
Na ação, o partido contesta a semelhança entre as informações contidas nos pedidos de registro de pesquisa, que, segundo o PMDB são praticamente idênticos.
“A combinação entre estes dois institutos, mais o Datafolha, criou evidentes repercussões no processo eleitoral de Curitiba, criando o clima de invencibilidade do candidato oficial dos Institutos de Pesquisas, beneficiado direto por este meio de comunicação social, gerando notícias sempre favoráveis ao candidato Beto Richa em diversos veículos de comunicação social de Curitiba”, alega o partido.
Essa mesma argumentação foi utilizada, sem sucesso, pela campanha de Carlos Moreira (PMDB) para tentar suspender a divulgação de uma das pesquisas realizadas pelo Ibope na capital.
Na ação proposta ontem, o PMDB pediu a intimação dos institutos de pesquisa, para que forneçam informações completas sobre a metodologia empregada nos levantamentos, e a intimação da prefeitura de Curitiba, para que forneça detalhadamente os valores pagos em publicidade institucional, as autarquias que realizaram tais pagamentos e as empresas que os receberam, desde janeiro de 2005 até setembro de 2008.
Por último, o partido requer que seja julgada procedente a representação, declarando-se a inelegibilidade Beto Richa e Luciano Ducci, vice-prefeito. A assessoria de imprensa de Beto Richa informou que o prefeito não se pronunciará sobre esta investida adversária.