Preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ter um Natal diferente neste ano. Para começar, o petista não verá nenhum familiar na próxima segunda (24) e terça-feira (25), já que as visitas ao ex-presidente acontecem apenas às quintas-feiras na cela especial onde ele está preso em Curitiba.

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O cardápio também não vai contar com grandes novidades. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal (PF), Lula e os demais presos na Superintendência terão o mesmo tratamento dedicado a eles durante o restante do ano. Familiares e amigos podem trazer dois pacotes de biscoito, uma barra de chocolate, frutas, roupas e material de higiene e limpeza.

Lula recebeu os filhos e advogados pela última vez na quinta (20). O encontro, que funcionou na prática como uma celebração de fim de ano, ocorreu um dia após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, suspender liminar do ministro Marco Aurélio Mello que libertaria o ex-presidente.

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Militantes vão fazer vigília

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Apoiadores do ex-presidente, que montaram um acampamento em frente à PF desde que Lula foi preso, estão organizando uma vigília para a noite de Natal, na segunda-feira (24). Os militantes organizam um ato ecumênico e uma ceia de Natal no local, previsto para começar às 19 horas.

No Facebook, cerca de 550 pessoas confirmaram presença no evento até a última quarta-feira (19) e outras 2,9 mil afirmaram ter interesse em participar.

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“Desde que foi preso injustamente, Lula não passou um dia sequer sem ouvir as palavras de apoio que vem do lado de fora. E na noite de Natal não seria diferente. Venha participar do grande ato ecumênico e ceia ao lado do presidente que mais fez pelo nosso povo!”, diz a descrição do evento.

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Prisão

O ex-presidente atualmente cumpre a pena de 12 anos e um mês de prisão imposta a ele pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) no caso envolvendo o tríplex no Guarujá. O petista também aguarda ao desfecho de outros dois processos – só em Curitiba. A ação envolvendo o terreno para o Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo está pronta para a sentença. Já o processo referente ao sítio em Atibaia caminha para os ritos finais e deve ficar pronto para sentença nos primeiros meses do ano que vem.

A permanência de Lula na Superintendência da PF é alvo de polêmicas desde a prisão. Tanto a Polícia Federal quanto a Prefeitura de Curitiba já pediram a transferência dele do local, sem sucesso.

Para ter direito a passar do atual regime fechado para o semiaberto, Lula teria que cumprir no mínimo um sexto da pena. Na melhor das hipóteses para o petista, isso só vai acontecer em 2020, se ele não for condenado em outras ações até lá.

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Enquanto isso, a defesa ainda espera o término do julgamento de um habeas corpus na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento foi interrompido e não há prazo para que volte à pauta dos ministros. Os advogados também não descartam um pedido de prisão domiciliar, mas o assunto já causou atritos entre membros da defesa do petista.

Por determinação do ex-juiz federal Sergio Moro, Lula está preso em uma cela especial, que era usado como alojamento para agentes da PF que vêm a Curitiba em missão. A sala, com cerca de 15 metros quadrados, tem uma cama, uma mesa, uma TV, um equipamento de ginástica e um banheiro privativo.

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