Escândalo na capital

Movimento Fora Derosso pede investigação profunda em contratos da Câmara de Curitiba

O movimento Corrupção também é violência – Fora Derosso – está chamando atenção para a necessidade de investigar os contratos de publicidade da Câmara Municipal de Curitiba, independentemente da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o assunto.

Segundo integrantes do movimento, faltam as informações de como os cerca de R$ 30 milhões foram gastos desde o início dos contratos. “A CPI deve fazer isto, mas também pode não fazer. Mas a investigação deve ocorrer de qualquer jeito. Ninguém sabe como este dinheiro foi gasto”, explica Roni Barbosa, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Paraná, que integra o movimento.

Os partidos políticos e entidades que fazem parte da mobilização se comprometeram a levar todas as informações da CPI para a população. Isto será intensificado nesta quinta-feira (18), com a tentativa de transmitir online, via redes sociais, o depoimento de Derosso na Câmara. “Esperamos que não impeçam esta transmissão. A CPI não é vedada ao público. Espero que não exista qualquer tipo de constrangimento”, afirma a vice-presidente do Partido dos Trabalhadores em Curitiba, Mirian Gonçalves.

O movimento defende o afastamento imediato de Derosso da presidência da Câmara, para que todos os fatos sejam apurados com isenção. “Eticamente, moralmente, ele está impedido de comandar a Casa enquanto é investigado”, comenta Barbosa. Os integrantes da mobilização ainda pedem que a presidência e a relatoria da CPI que vai investigar o assunto fiquem com vereadores de oposição, e não do PSDB, partido de Derosso e que tem maioria na Câmara.

O presidente da Federação Democrática das Associações de Moradores, Clubes de Mães, Entidades Beneficentes e Sociais de Curitiba (Femotiba), Edson Feltrin, abriu a possibilidade do movimento tomar providências jurídicas para afastar Derosso da presidência, “caso os vereadores insistam em mantê-lo”. “Ele tem o direito de se defender. Mas ele já está completamente comprometido. E se forem levantados os recibos destes R$ 30 milhões, poderão surgir provas que atingem, quem sabe, outros vereadores”, considera.