Máquina pública inchou 77% no governo Requião

O líder da bancada de oposição na Assembléia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), aproveitou a resposta da Casa Civil sobre os gastos com cartões corporativos para acusar o governo do Estado de extrapolar também na contratação de pessoal.  

Segundo Rossoni, o aumento de 77% no número de servidores desde 2003 não se justifica. Para o tucano, o governo ?inchou? a administração pública estadual, aumentando o número de funcionários de 90 mil para 160 mil em cinco anos. A discussão sobre a folha de pessoal começou porque, ao retrucar as críticas sobre os gastos com cartões corporativos, o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, disse que as despesas aumentaram porque o número de servidores cresceu desde 2003. Ontem, após o revide de Rossoni, Iatauro partiu para a tréplica. ?O governo do Paraná promove, sim, desde 2003, uma ampliação dos quadros de pessoal do funcionalismo público do Estado. E essas contratações têm sido feitas por concursos públicos. Quem acompanha o cotidiano do serviço público sabe bem que, devido à ausência, durante anos, de contratações, houve esvaziamento gradativo dos quadros de pessoal. Isso levou à escassez de funcionários e à queda na qualidade dos serviços prestados?, afirmou o secretário.

Necessidade

Iatauro citou que, ao contrário da crítica feita por Rossoni, as contratações não caracterizam ?inchaço? da máquina pública, já que se deram em áreas estratégicas, que prestam serviços diretos à população. O secretário detalhou as novas contratações, feitas de 2003 para cá. Foram 36 mil vagas para professores, 8,6 mil técnicos administrativos, 2,3 mil agentes de apoio para as escolas, 3,6 mil policiais civis e militares, 1,2 mil agentes penitenciários, 600 novos técnicos e professores para as instituições de ensino superior, 800 educadores sociais, mais de 600 profissionais da saúde e 200 profissionais para a agricultura.

Rossoni disse que a oposição tem o dever de fiscalizar o governo e apontar as falhas, na expectativa que sejam corrigidas. ?Não é um campeonato para saber qual governo cometeu mais irregularidades. O que me causa espanto é saber que as comparações e explicações do governo vêm através de um ex-conselheiro do Tribunal de Contas. Por que o Iatauro não fiscalizou e, se havia irregularidades, não tomou providências, na época em que era o responsável por fiscalizar as contas do governo??, questionou. 

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