Em São Paulo

Após 9 horas, acaba a cirurgia de Bolsonaro

Foto: Reprodução/Facebook

A cirurgia para retirada da bolsa de colostomia e reconstrução intestinal do presidente Jair Bolsonaro, iniciada na manhã desta segunda-feira (28), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, foi encerrada após 9 horas de duração. Bolsonaro usou a bolsa por 144 dias, após sofrer uma facada no abdômen durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro do ano passado. Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, a operação terminou com êxito. A demora ocorreu porque havia aderência do tecido intestinal.

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Segundo o Secom, o procedimento cirúrgico começou por volta das 6h30 . A estimativa inicial era de que a cirurgia duraria três horas. O presidente foi internado na manhã de domingo (27) para a realização de exames pré-operatórios e, após resultados mostrarem normalidade de sua saúde, a cirurgia.

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Esta é a terceira vez que Bolsonaro é operado desde que sofreu o atentado. O vice, general Hamilton Mourão, assumiu interinamente a Presidência da República e permanecerá no cargo nas próximas 48 horas que se seguirão à cirurgia. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob o comando do general Augusto Heleno, montou uma estrutura provisória no mesmo andar do quarto do presidente para que ele possa manter a rotina de despachos.

Escritório no hospital

Bolsonaro reassume a Presidência na quarta (30) e deve permanecer internado até meados da próxima semana. Os médicos estimam um período de dez dias para recuperação. O Palácio do Planalto trouxe à capital paulista auxiliares técnicos que dão suporte jurídico para a tomada de decisões do chefe do Executivo.

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O escritório improvisado contará com um computador com internet, uma impressora e um telefone fixo. O espaço permitirá ainda que Bolsonaro se comunique com ministros e outros auxiliares que estejam fora de São Paulo por meio de videoconferência.

O governo trouxe também assessores de comunicação, como o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, para a realização de briefings diários sobre a saúde do presidente e atos do Executivo.

Entenda o passo a passo

Além do cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente, outros oito profissionais participaram do procedimento: dois cirurgiões auxiliares, uma instrumentadora, dois anestesistas, uma enfermeira e dois técnicos de enfermagem.

A cirurgia consiste em abrir o abdome e religar as duas pontas do intestino grosso que hoje estão separadas para que o trânsito intestinal volte ao normal. A sutura será feita com grampeador cirúrgico e pontos manuais, segundo Marcondes.

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Com isso, Bolsonaro deixará de usar a bolsa coletora de fezes, adotada desde setembro, quando foi esfaqueado durante campanha em Juiz de Fora (MG) e teve os intestinos grosso e delgado perfurados.

Para isolar as áreas lesionadas da passagem de fezes, o intestino foi separado. Uma ponta ficou exteriorizada até a pele para saída das fezes pela bolsa coletora. E a outra ponta ficou fechada dentro.

O procedimento envolverá um corte de 30 cm a 40 cm, exatamente no mesmo lugar da cicatriz resultante das duas cirurgias anteriores. O orifício onde hoje está a bolsa de colostomia também será fechado. O presidente ficará, então, com duas cicatrizes no abdome.

Segundo três gastrocirurgiões ouvidos pela reportagem, só quando o abdome estiver aberto é que será possível verificar claramente o grau de aderências na região.

Por causa dos ferimentos e dos procedimentos anteriores, é possível que haja alças intestinais grudadas entre si ou na parede abdominal. O primeiro passo, então, será desgrudar esses tecidos. “Quanto mais aderências, mais a cirurgia pode demorar. Se a situação estiver favorável, pode levar três horas. Senão, de seis a 12 horas”, explica Diego Adão Fanti Silva, cirurgião do aparelho digestivo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

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