Política

Ministro de Bolsonaro ironiza encontro de papa e Lula: "solidariedade a malfeitor"

Lula foi recebido pelo papa Francisco quinta-feira (13) no Vaticano. Foto: Ricardo Stuckert / Reprodução Facebook Lula

A repercussão do encontro do papa Francisco com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quinta-feira (13) no Vaticano reverberou no Palácio do Planalto, especialmente na ala militar do governo.

Em post publicado na manhã desta sexta-feira (14), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, ironizou o encontro dos dois, dizendo que foi um ato de solidariedade a malfeitores, “tão a gosto dos esquerdistas”.

“Parabéns ao papa Francisco pelo gesto de compaixão. Ele recebeu Lula, no Vaticano. Confraternizar com um criminoso, condenado, em 2ª instância, a mais de 29 anos de prisão, não chega a ser comovente, mas é um exemplo de solidariedade a malfeitores, tão a gosto dos esquerdistas”, escreveu o ministro no post.

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Em menos de uma hora, a postagem já tinha mais de mil retuítes e 6 mil curtidas, a maioria, de simpatizantes do governo Bolsonaro, parabenizando o general Heleno pela mensagem recheada de sutil ironia, e criticando também a postura do sumo pontífice. Alguns seguidores classificaram Francisco de “comunista e militante político de esquerda”.

Em contrapartida, os correligionários de Lula postaram mensagens de apoio, dizendo que “depois da bênção” que o petista recebeu do papa Francisco, ele voltará mais revigorado para continuar sua luta no Brasil.

O encontro

O papa Francisco recebeu o ex-presidente Lula em um encontro privado que durou cerca de uma hora. Lula se encontrou com o papa na Casa Santa Marta, local onde o líder religioso costuma ter reuniões mais informais, longe dos protocolos do palácio.

Em sua conta pessoal no Twitter, o ex-presidente publicou duas fotos do encontro informando que havia conversado com o papa sobre um “mundo mais justo e mais fraterno”.

Em comunicado, o PT afirmou que entre os assuntos tratados estariam a luta contra a fome e as desigualdades. A reunião foi organizada por intermédio do presidente argentino, Alberto Fernández, que visitou o papa em 31 de janeiro, segundo o partido. (Com agências internacionais).

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