Pró-Bolsonaro

‘Fiz e farei de novo’, diz Francischini sobre bancar páginas excluídas pelo Facebook

Foto: Reprodução/Facebook

O delegado Francischini (PSL), eleito deputado estadual nas eleições 2018, divulgou vídeo em seu Facebook em defesa à rede RFA. O parlamentar já usou sua cota partidária para bancar notícias nos sites do grupo – todas positivas a ele. “Fiz licitamente, abertamente, e farei de novo. Estão ouvindo? Os esquerdinhas dos jornalistas espalhados por aí. Vou fazer de novo. Vou apoiar todas as páginas de direita que produzam conteúdo contra a vagabundagem do PT, contra a bandidagem que assaltou o nosso país”.

Francischini disse que faria um pedido para o Facebook para restabelecer as páginas excluídas. “Se são um grupo de jovens juntos que montaram uma empresa e faziam disso a sua atividade principal, que mal tem isso num País que está cheio de ladrão, cheio de bandido, cheio de vagabundo roubando dinheiro público? Sem-vergonhice o que estão fazendo”.

Veja o vídeo de Francischini na íntegra:

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Nesta segunda-feira (22), o Facebook removeu 68 páginas e 43 perfis ligados a uma só empresa que produzia conteúdo a favor de Bolsonaro, a Rede RFA. O motivo da exclusão não é o conteúdo publicado por essas páginas, mas a forma como a rede foi estruturada, com perfis falsos e divulgação de spam. Uma investigação do jornal em parceria com a ONG internacional Avaaz revelou, no dia 12, que esse grupo era o principal articulador de notícias positivas ao Bolsonaro nas redes sociais, além de espalhar boatos – eles foram um dos responsáveis por divulgar informações não confirmadas de que as urnas teriam sido fraudadas no dia da eleição.

Francischini admitiu que usava cota do partido para produzir conteúdo de direita, mas que isso começou antes da eleição. “Isso é fake news, criticar (a esquerda)?”, reclamou. “Temos de dar trabalho para esses jovens que estão começando e não foram doutrinados para serem petistas e socialistas em sala de aula”.

O candidato foi procurado por meio de sua assessoria de imprensa, mas não retornou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

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