Vereadores batem boca

Excesso de pessoas atrapalha andamento da CPI da Urbs pela manhã

A sessão realizada na manhã desta quinta-feira (01) da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as irregularidades no transporte público de Curitiba, conhecida como CPI da Urbs, teve que ser suspensa por cerca de 20 minutos em virtude do excesso de pessoas que queriam acompanhar os depoimentos no plenário da Câmara Municipal de Curitiba.

Os trabalhos da CPI começaram por volta das 9h com o depoimento do diretor de Transportes da Urbs, Rodrigo Binotto Grevetti, que iniciou sua fala explicando sobre como é formada a composição da tarifa do transporte público.

Contudo, um grupo de pessoas formado por motoristas e cobradores que estavam do lado de fora do plenário tentaram entrar no local, mas foram proibidos pela segurança da Casa, sob a justificativa de que o plenário, que tem comporta 150 pessoas, já estava lotado. Os manifestantes tentaram entrar e o vereador Rogério Campos (PSC) interveio em favor do grupo.

“Eu subi no plenário e vi que a primeira repartição do local estava vazia, conversei com os seguranças e eles não queriam deixar as pessoas entrar. Então pedi que o meu assessor contasse o número total de pessoas e havia 112 pessoas no plenário. Na sequência fui falar com o presidente da CPI, vereador Jorge Bernardi, e ele me disse que ninguém mais entraria. Eu o questionei dizendo que o plenário não estava com a lotação máxima e que se não fosse permitida a entrada dos manifestantes nós pararíamos a CPI”.

Segundo Campos, neste instante Bernardi suspendeu a sessão até que o problema fosse resolvido. “Quando eu ainda conversava com o presidente da CPI, a segurança autorizou a entrada do grupo de manifestantes e a sessão foi retomada. Eu estou aqui para representar a categoria de motoristas e cobradores. Trabalhei 16 anos no transporte coletivo e mesmo assim não me deixaram fazer parte da CPI e me parece que tem gente aqui preocupada com a participação do povo na CPI, finalizou Campos.

Bernardi rebateu as críticas de Campos dizendo que há um laudo do Corpo de Bombeiros proibindo que o plenário ultrapasse a sua lotação para a própria segurança das pessoas.

“Ele armou uma confusão, mas depois me pediu desculpas, pois eu o alertei que tentar impedir os trabalhos de uma CPI é crime e ele se acalmou”, disse o presidente da Comissão.

A sessão foi finalizada e nesta tarde, Grezette retornará ao plenário, onde será inquerido pelos 13 vereadores que compõem a CPI.