Em festa para Haddad, Lula faz ataque a Serra

No ato de lançamento da campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Lula atacou hoje o pré-candidato José Serra (PSDB) e disse que o petista enfrentará adversários “frágeis” na corrida municipal. A festa foi marcada por constrangimento pela ausência da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que foi impedida de disputar a eleição.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chegou a dizer no microfone que ela chegaria “a qualquer momento”, o que não aconteceu. Sem citar o nome de Serra, Lula disse que o tucano “já está desgastado” e estava “desesperado” desde a eleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2010. “Eu nem sei por que ele quis ser candidato a prefeito”, disse Lula, repetindo o mote de que Serra usou a prefeitura como trampolim ao se eleger em 2004 e renunciar um ano e três meses de pois para disputar o governo. “Ele saiu para ser candidato a presidente e tomou uma tunda [surra] da companheira Dilma. Agora estava desesperado, porque o governador é o maior inimigo dele.”

Haddad repetiu o mote, em discurso lido em teleprompters. “São Paulo cansou de prefeitos de meio expediente e de meio mandato”, disse. “Não sou alpinista político e nem profissional de eleições. Jamais usarei a prefeitura como trampolim ou degrau de interesses pessoais.” Lula orientou o afilhado político a buscar o eleitorado que tem “preconceito contra o PT” e disse estar certo de que ele subirá nas pesquisas.

O ex-presidente saiu em defesa da ex-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, afastada em 2010 sob a acusação de que seu filho fazia lobby no governo. “A imprensa que a massacrou não teve coragem de pedir desculpas à nossa companheira Erenice, que não tinha cometido crime.” Réus do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino participaram do ato. O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido “deve muito” a eles.