Dilma defende para royalties o que está na Constituição

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ratificou hoje que a posição do governo federal sobre a divisão dos royalties do petróleo é a que está na Constituição Federal, ou seja, com o destino de uma fatia maior aos Estados produtores e a divisão do restante para as outras unidades da Federação. A pré-candidata do PT voltou a admitir que o governo foi derrotado na votação do projeto na Câmara dos Deputados, cuja decisão foi encaminhada ao Senado e prevê uma divisão igualitária dos royalties.

“Perdemos, mas vamos para um segundo momento, que é a decisão no Senado. O governo é a favor do diálogo, que cria um consenso, e não aposta no conflito, porque ninguém ganha com isso”, disse Dilma. De acordo com a ministra, o governo já previa uma polêmica sobre a divisão dos royalties e avaliava não incluir o ponto em um projeto enviado ao Congresso. “Achávamos que não era bom colocar a questão este ano porque é um ano mais difícil, mais delicado, e há o problema das eleições”, afirmou. “Como não teve jeito, procuramos uma forma que mantinha o papel dos Estados, previsto na Constituição.”

Em Uberaba (MG), Dilma defendeu a necessidade da construção de uma unidade de fabricação de amônia e ureia, compostos usados em fertilizantes. A ministra evitou polemizar sobre o assunto, já que o governo anunciou a construção de uma unidade em Três Lagoas (MS) idêntica à solicitada por Uberaba. “É viável uma planta de amônia não só em Uberaba, mas é necessário que haja várias próximas aos polos agrícolas, como no Centro-Oeste e aqui”, afirmou a ministra.

Dilma se reuniu hoje com a direção da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e visitou um laboratório de genética bovina. A agenda da ministra em Uberaba previa ainda uma visita a obras do programa Minha Casa, Minha Vida e uma reunião com prefeitos e políticos no centro administrativo do Triângulo Mineiro.