Sepultamento hoje

Deputado Max Rosenmann morre aos 63 anos

O deputado federal Max Rosenmann (PMDB) faleceu aos 63 anos no início da tarde de ontem, por volta das 13h30, no hospital Santa Cruz, em Curitiba. O parlamentar estava internado desde a última segunda-feira, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), e não resistiu às complicações que seguiram ao incidente.

Rosenmann está sendo velado no plenário da Assembléia Legislativa para onde seu corpo foi levado ontem às 22h. O enterro está previsto para hoje às 16h, no Cemitério Israelita do bairro Santa Cândida, em Curitiba.

O governo do Estado decretou três dias de luto oficial. Max Rosenmann era filiado ao PMDB, mesmo partido do governado Roberto Requião, nasceu em 29 de novembro de 1944, em Curitiba, filho de Bernardo Rosenmann e Ottilia Rosenmann.

Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná, em 1973. Iniciou sua carreira política como diretor da Casa Civil do governo José Richa, em 1983. Também presidiu o Instituto de Previdência do Estado (IPE) entre 1984-85.

No mesmo período, foi conselheiro de administração do extinto Banco de Desenvolvimento do Paraná (Badep). Em 1968, chegou pela primeira vez ao Congresso como deputado Constituinte, integrando as comissões dos Trabalhadores, Serviço Público e da Ordem Social.

Foi autor de 89 emendas aprovadas e incluídas na Constituição Federal de 1988. Foi reeleito em 1990 e 1994, com a maior votação do Estado para a Câmara Federal. No mesmo ano, foi considerado o melhor deputado da bancada federal paranaense em avaliação do jornal Folha de São Paulo.

Ocupou postos importantes no Congresso, como cargos na mesa diretora da Câmara, e a vice-presidência da Comissão de Finanças e Tributação, além da vice-presidência da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

Em 2001, o deputado presidiu a Comissão Especial de Reforma do Sistema Financeiro, responsável pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional n.º 53, que regulamentou novas regras para o controle e fiscalização de instituições financeiras e bancárias públicas e privadas no País, estabelecendo mecanismos de combate à especulação.

A atuação municipalista fez com que ele fosse reconhecido com títulos de cidadão honorário e benemérito de 28 cidades paranaenses. Max também foi homenageado pela Organização Mundial da Família filiada à ONU com um prêmio pelo trabalho em favor da promoção social através da viabilização de mais de duas mil obras espalhadas por toda as regiões do Estado.

Em 2006, Max foi reeleito pela sexta vez consecutiva para a Câmara Federal, com 116.516 votos. Ele era o único deputado paranaense que havia participado da Assembléia Nacional Constituinte – eleita em 1986 – e permanecia no Congresso Nacional sem nenhuma interrupção de mandato.

Atualmente, Max era membro titular da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Em maio de 2007, ele assumiu o cargo de deputado no Parlamento do Mercosul.

Em seu lugar na Câmara dos Deputados assumirá o segundo suplente do PMDB, André Zacharow, atual chefe do Escritório Político do Paraná em Brasília. O primeiro suplente do PMDB é o atual deputado Marcelo Almeida, que entrou na vaga do ministro da agricultura Reinhold Stephanes.