Começou a corrida!

Decisão de Fruet obriga partidos a se posicionarem na disputa de 2012

O ingresso do ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) fez a direção estadual do PV se manifestar garantindo que o partido deverá ter candidato próprio à prefeitura de Curitiba. Durante meses, o PV alimentou a expectativa de filiar Gustavo e ganhar uma candidatura competitiva para as eleições do próximo ano.

Sem Gustavo, o PV cita agora os deputados estaduais Rasca Rodrigues e Roberto Accioli como possíveis pré-candidatos. Esse movimento do PV é um dos primeiros em um cenário no qual, a partir de agora, as principais forças políticas começam a se posicionar. Ou se agregando ao bloco para reeleger o prefeito Luciano Ducci (PSB) ou estabelecendo aproximação com o projeto de Gustavo no PDT.

No PT, deverá ser acelerada a discussão sobre o lançamento de candidatura própria ou se o partido apoiará o pré-candidato do PDT à prefeitura de Curitiba já no primeiro turno. A filiação de Gustavo a um partido da base aliada era a primeira condição apresentada pela cúpula do partido no Paraná para admitir a hipótese de se coligar com o PDT no primeiro turno.

O PT pretende construir a melhor maneira de ter Gustavo ao lado da ministra Gleisi Hoffmann no palanque da sucessão estadual de 2014. No PDT, Gustavo passou a ser parte estratégica deste projeto.

No PMDB, nada se altera. O senador Roberto Requião, presidente municipal do partido, decidiu que o ex-deputado Rafael Greca será candidato e, aparentemente, não há nenhuma contestação que possa modificar esse quadro. A menos que Requião decida levar o partido a apoiar a reeleição de Ducci, que esteve com ele no primeiro turno da disputa ao governo, em 2006.

Com disputa

Entre os aliados de Ducci, a ida de Gustavo para o PDT consolida o temor de ter uma candidatura à altura na linha adversária. A discussão, a partir de agora, é tentar atrair novos partidos para a aliança e decidir quem será o candidato a vice-prefeito. 

O PSDB, escorado no cacife do governador Beto Richa, julga ter a prerrogativa da indicação. O problema é descobrir um nome que possa acrescentar votos para Ducci. Mas o DEM e o PSD também reclamam a indicação. O DEM pede a vaga para Osmar Bertoldi, secretário especial de Habitação, e o PSD para o deputado estadual Ney Leprevost.

Outros aliados como o PPS insinuam que terão candidato próprio. Já o PTB e o PP permanecem onde estavam, como aliados incondicionais, desde que tenham participação numa suposta segunda administração de Ducci.  Para o prefeito, um trunfo sem igual seria atrair o PMDB para o seu palanque.