Vigília

Com medo de agressões, presidente estadual do PT pede que militância não reaja

Dr.Rosinha, em frente à sede do PT. Foto: Gerson Klaina / Tribuna do Paraná

O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), doutor Rosinha, pediu que sua militância partidária não aceite provocações pelas ruas de Curitiba. Segundo o representante, muita gente tem passado em frente à sede do partido xingando e tentando agredir os seguidores do ex-presidente Lula.

Rosinha disse que por enquanto está tudo tranquilo e que a militância permanece em vigília aguardando para saber como será a vinda de Lula até a capital paranaense.  Mas alerta: “Pedimos que a militância fique em casa e não aceite provocação. É um absurdo que as pessoas passem aqui na frente só para agredir e xingar. Não entendo esse ódio no coração. Depois diz que vai para a igreja e se diz um bom cristão”, disse Rosinha à rádio 98FM.

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Representante do partido no Paraná e um dos cotados para concorrer ao governo do estado pelo PT, Rosinha criticou o juiz federal Sérgio Moro, a quem questionou toda sua condução durante o processo que culminou nesta quinta-feira com o pedido de prisão de Lula.

“A decisão judicial foi dada por um juiz que agiu com parcialidade durante o tempo todo. Porque ele não explica as fotos sorridentes com o Aécio, com o Dória e outros. Esse pessoal é corrupto, mas só enxerga um lado”, reclamou.

Militantes fazem vigília na sede do PT. Gerson Klaina / Tribuna do Paraná
Militantes fazem vigília na sede do PT. Gerson Klaina / Tribuna do Paraná

Rosinha ainda questionou as “orações e jejum” prometidos pelo procurador Deltan Dallagnol, que afirmou estar em vigília esperando a prisão de Lula. “Porque o Dallagnol não faz orações pedindo perdão pelo o que ele fez ao Brasil?”, completou.

A prisão

A notícia de que Lula não deve vir a Curitiba para se entregar – deve fazê-lo à Polícia Federal em São Paulo – esfriou a mobilização de forças sindicais na região. A movimentação próximo à sede do PT é tímida. Lula ainda está em São Paulo, na sede do Sindicato dos Metalúrgico.

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Na tarde de quinta-feira, por volta das 18h, foi divulgada a decisão de Sérgio Moro, mandando Lula se apresentar voluntariamente – e sem algemas – à sede da PF em Curitiba. No local o ex-presidente terá uma sala/dormitório especial para ficar detido, sem contato com outros presos, com algumas regalias dignas de um ex-presidente, embora não haja precedentes para ser feita a comparação.

Caso não se apresenta em Curitiba ou mesmo na sede da PF em São Paulo, até as 17h, Lula passa a ser considerado foragido da Justiça. Os advogados do petista já entraram com um novo pedido de habeas corpus (HC) para evitar a prisão. O primeiro HC foi negado na última terça-feira, autorizando Moro a decretar a prisão.

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