O julgamento da apelação da sentença do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho foi adiado para a semana que vem no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Os advogados do ex-deputado se utilizaram de uma prerrogativa regimental, que permite pedir adiamento para que o caso tenha prioridade na próxima sessão da 1ª Câmara Criminal. Nesta quinta-feira (29), o processo estava em quarto na pauta.

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Com isso, o caso será julgado pelos desembargadores na próxima quinta (6). O advogado da acusação, Elias Mattar Assad, explicou que o chamado pedido de preferência está no regimento interno do TJ-PR. “Quando há muitos processos em pauta, o advogado pode pedir preferência para que o caso seja colocado em primeiro lugar na semana seguinte”, explicou. O requerimento foi aceito pelo relator do caso, o juiz substituto Naor Rottoli de Macedo Neto. Ele está no lugar do desembargador Telmo Cherem.

O que está em jogo?

Os desembargadores do tribunal irão analisar se o cálculo da pena a ser cumprida por Carli Filho foi adequado. Em fevereiro, no júri popular em que foi condenado, Carli Filho foi sentenciado a 9 anos e 4 meses de prisão pelo juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar. A defesa pede que a pena seja reduzida para 7 anos, enquanto o Ministério Público de primeira instância pediu que o período seja maior, de 14 anos. O MP de segunda instância, por sua vez, deu parecer sugeriu que a punição seja de 10 anos e 11 meses.

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Se os desembargadores decidirem que a pena deve ser menor do que 8 anos, Carli Filho terá direito a cumprir toda a pena em regime semiaberto – ou seja, passar o dia em liberdade e dormir na prisão. Mas, como há poucas vagas para esse tipo de regime no país, é possível que o ex-deputado tenha que usar tornozeleira eletrônica, sem passar qualquer período na prisão.

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Mãe de uma das vítimas da colisão de trânsito pela qual Carli Filho foi condenado, Christiane Yared estava no TJ-PR nesta quinta-feira (29) e comentou o adiamento. “Para quem já esperou quase dez anos, mais uma semana não vai fazer diferença. Vamos aguardar e ver o que a Justiça tem a dizer”, afirmou.

Relembre o caso

Na madrugada de 7 de maio de 2009, o então deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho dirigia embriagado e em alta velocidade em Curitiba quando colidiu com o veículo em que estavam Carlos Murilo de Almeida e Gilmar Rafael Yared, que morreram na hora.

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Depois de uma série de adiamentos e outras estratégias para protelar o julgamento, o caso foi a júri popular no final de fevereiro de 2018. Carli Filho foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão.

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