O secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, disse ontem que pode também antecipar seu retorno à Assembléia Legislativa para se candidatar à reeleição. Quintana teria que deixar o governo antes de abril, conforme a legislação eleitoral, mas a exemplo do secretário de Justiça, Aldo Parzianello, que sai no final do mês, pensa em reassumir sua cadeira, já em 15 de fevereiro, na Assembléia Legislativa.
Quintana somente não sai antes do governo se houver dificuldades para encontrar um substituto na Casa Civil. O nome considerado natural dentro do governo era o do deputado estadual licenciado e secretário especial de gabinete do governador, Vanderlei Iensen. Mas o secretário de gabinete foi indicado candidato oficial da Igreja Evangélica Assembléia de Deus à Assembléia Legislativa, e também já anunciou que planeja retornar ao parlamento no início do ano.
Quintana disse que, uma das exigências básicas para o candidato ao cargo, é pertencer ao círculo dos interlocutores próximos do governador Roberto Requião. Como 2006 é ano de eleição, o futuro chefe da Casa Civil terá que exibir muito jogo de cintura, já que integrantes do PMDB e partidos aliados costumam se confrontar em busca de espaço político, observou. ?Os aliados estarão em busca de votos e isso sempre gera clima de conflito. O chefe da Casa Civil terá que funcionar como um algodão entre cristais?, disse Quintana.
Alguns peemedebistas acreditam que Requião terá que convidar um nome mais técnico para a função. ?Os integrantes da linha de frente do partido e aliados vão estar envolvidos na campanha. É importante trazer alguém neutro para não usar as funções para favorecer um ou outro candidato e fazer funcionar a máquina administrativa?, disse o vice-presidente estadual do PMDB, Nereu Moura. ?Como a escolha é de competência exclusiva do governador, só vamos sugerir se ele pedir?, disse.