A Polícia Federal deu início na madrugada desta terça-feira à Operação Quati, em
Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, destinada a desmontar quadrilha de
falsários e estelionatários envolvidos em fraude contra Previdência Social.
Foram presas três pessoas: um funcionário do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), um advogado e uma contadora. Eles estão na sede da PF, à disposição da
Justiça Federal Criminal.
A operação contou com apoio de sete auditores
do INSS, da Procuradoria da República, além de 60 policiais federais. Os cerca
de 70 integrantes da equipe já vinham realizando investigações desde o início do
ano passado. Vários documentos e centrais de processamento (CPUs) de
computadores dos suspeitos foram aprendidos e passarão por análise da perícia.
Uma das formas mais comuns de atuação da quadrilha era o recebimento
indevido de benefícios com registro pós morte de beneficiários. Segundo a
delegada responsável pelo caso, Ilienara Cristina Karas, a quadrilha fazia o
aliciamento de pessoas com idade avançada e pouca instrução, ficando com seus
documentos pessoais para fins de aposentadoria e benefícios.
Segundo a
delegada, a operação levou o nome de quati, pelo fato de o animal ser
característico da cidade e por sua maneira dissimulada e sorrateira de subtrair
bens das pessoas que dele se aproximam.