A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal, deflagrou hoje em quatro Estados a Operação Anos Dourados contra fraudadores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). A maioria dos 69 mandados de prisão e 95 mandados de busca e apreensão é contra servidores da Previdência, mas a polícia também procura donos de cartórios, advogados e empresários. Já foram detidas 25 pessoas no Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul. Malotes, mochilas e caixas com documentos também foram apreendidos
No Rio de Janeiro há equipes na capital, Niterói, Nova Friburgo, Teresópolis, Araruama, Itaguaí, São Gonçalo, Marica, Magé, Volta Redonda, Belford Roxo, Nilópolis e Japeri. Ao todo são 420 policiais federais e 20 analistas previdenciários trabalhando na operação. As investigações tiveram início em fevereiro deste ano e indicam que o prejuízo causado à Previdência Social, ao longo de 5 anos, seja aproximadamente de R$ 200 milhões
O esquema, que contava com cerca de 100 pessoas, consistia na inserção fraudulenta de vínculo laboral para simular um suposto período contributivo com o fim de obter benefício previdenciário. Para isso, os fraudadores valiam-se de empresas, em nome das quais prestavam informações incorretas à Previdência. Foram suspensos 1.561 benefícios, impedindo o pagamento de cerca de R$ 4 milhões por mês, e foram congelados 1.318 vínculos empregatícios inseridos de maneira fraudulenta pela organização criminosa, os quais seriam utilizados futuramente para concessão de novas prestações irregulares
O nome Anos Dourados deve-se ao fato de a maioria dos investigados e dos beneficiários ter nascido nas décadas de 40 e 50. Também em razão do tempo de contribuição (anos) inserido de forma irregular. Por fim, dourado, neste contexto, significa valor, que é o dinheiro subtraído dos contribuintes da Previdência