Pesquisa revela que avaliação caiu nas áreas política e econômica

A pesquisa CNT/Sensus divulgada, nesta terça-feira, mostra que a avaliação da população sobre todos os temas sociais apurados melhorou, mas houve queda na avaliação geral sobre a condução da política econômica.

Houve melhora na avaliação dos entrevistados em relação à saúde, educação, pobreza e violência. Em relação à saúde, 24,6% acreditam que houve melhora, 30,1% que ficou igual e 43,7% que piorou.

Em julho, os resultados foram melhora para 21,8% dos entrevistados, estabilidade para 29,6% e piora para 47,5%. Educação: melhorou 36,7% (33,6% em julho), ficou igual 33,1% (30,6%), piorou 29% (33,8%). Pobreza: melhorou 12,8% (8,4%), ficou igual 27,2% (27%) e piorou 58,7% (63,7%). Violência: melhorou 8,1% (4,9%), ficou igual 13,9% (11,8%) e piorou 77% (82,6%).

Para 42,1% das pessoas ouvidas, o desemprego aumentou nos últimos seis meses e para 28,1% a situação ficou estável ? em fevereiro, o resultado foi 61,3% e 24,2%, respectivamente. Para o próximo semestre, 38,1% dos entrevistados acreditam que ocorrerá crescimento no emprego, 34,4%, estabilidade e 21,3%, queda. Em fevereiro, 46,9% diziam que a situação iria melhorar, para 29,1% iria permanecer estável, e 18% diziam que pioraria.

Quanto à política econômica, houve aumento da insatisfação com a condução atual da economia: 52,1% dos brasileiros acreditam que a economia não está no rumo, contra 46,1% em julho. Já para 34,9% dos entrevistados a economia está sendo conduzida de forma adequada, em julho eram 40,2%.

A confiança na condução da economia nos próximos seis meses também diminuiu, caindo de 45,6% em julho para 41,2% em setembro. A desconfiança cresceu para 48,6% (46,8% em julho) e os que não souberam ou quiseram responder foram 10,3% (7,7% em julho).

Houve aumento de 3,6 pontos percentuais em comparação a julho na expectativa de que a renda mensal vai aumentar nos próximos seis meses (41,5%). Cerca de 38% afirmaram que a renda permanecerá igual e 16,1% que haverá redução, contra 40,6% e 15,7 em julho, respectivamente.

Com essa perspectiva, o brasileiro começa a admitir mais a possibilidade de comprar bens duráveis, 15,4% dos entrevistados, contra 11,5% em julho. Mas 63,4% dos brasileiros ainda acreditam que a hora é ruim para fazer compromissos ? 71,3% em julho ? e 19,4% que o momento não é bom nem ruim ? 15,5% em julho.

A percepção sobre o aumento da oferta de emprego nos últimos seis meses registrou aumento de 15,3 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2004. Cerca de 27% dos entrevistados responderam ter havido aumento no número de vagas.

A pesquisa encomendada pela CNT foi realizada pelo Instituto Sensus entre os dias 6 e 8 de setembro, em 195 municípios. Foram entrevistadas duas mil pessoas. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.

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