Medidas sanitárias

“Aulas só voltam se tiver segurança”, diz deputado líder do governo Ratinho Jr

Escola Estadual Ivone Pimentel, em Curitiba, prepara pra aulas presenciais de alunos. Foto: Gerson Klaina / Tribuna.

O líder do governo do Ratinho Junior na Assembleia Legislativa e presidente da Comissão de Educação, deputado Hussein Bakri (PSD) afirmou em discurso nesta segunda-feira (3) que a reabertura das escolas estaduais não vai ocorrer sem que todas as medidas de segurança sanitárias de prevenção ao coronavírus sejam feitas. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) chegou a dizer na semana passada que o retorno às aulas presenciais poderá acontecer em setembro.

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Deputador Hussein Bakri (PSD). Foto: Sandro Nascimento.

Em discurso na Assembleia, o parlamentar disse que o retorno das aulas está sendo tratado com toda a responsabilidade pelo governo. “O governador Ratinho Junior e os secretários Beto Preto (Saúde) e Renato Feder (Educação) têm muita responsabilidade e estão ouvindo e respeitando todos os atores envolvidos, inclusive os deputados. Não haverá volta ás aulas enquanto não tivermos um aval dos profissionais da saúde”, explicou Hussein Bakri.

O deputado disse ainda que o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR) avalia que até metade dos alunos da rede privada podem ser transferidos para a rede pública por causa dos efeitos econômicos da pandemia. Para Bakri, a maior quantidade de estudantes num cenário com necessidade de menos alunos em sala de aula e com professores sem poder trabalhar por serem do grupo de risco, a situação é de desafio.

Protocolo de retorno às aulas

Um novo protocolo de retorno às aulas presenciais nas escolas do estado foi divulgado no dia 31 de agosto. Entre as medidas adotadas, estão a compra de equipamentos de proteção individual para professores, alunos e funcionários; regras de distanciamento em todos os espaços, principalmente nas áreas comuns; revezamento de aulas presenciais e aulas remotas a cada 15 dias, com divisão dos alunos em grupos; e volta gradual de acordo com a idade dos estudantes.

Quando a data for definida pela Secretaria da Saúde, o protocolo prevê um retorno gradual, por faixa etária, na seguinte ordem: primeiro os estudantes do 3º ano do Ensino Médio e 9º ano do Ensino Fundamental; depois os estudantes do Ensino Médio; em seguida, os estudantes do Ensino Fundamental I e II; e, por fim, os estudantes da Educação Infantil.