O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quinta-feira (06/11), a segunda fase da Operação Passiflora. A ação resultou no cumprimento de sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa armada especializada no tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo.
Esta nova etapa da operação é um desdobramento da prisão do líder do grupo, ocorrida em 2024. O investigado principal carrega um histórico criminal pesado – ele é suspeito de participação no assalto ao Banco Central de Fortaleza e já foi investigado por esse crime. Quando capturado, foram encontrados com ele seis aparelhos celulares e documentos falsos que utilizava para assumir outra identidade.
A análise dos celulares apreendidos, devidamente autorizada pela Justiça, revelou um cenário alarmante: o líder comandava uma organização criminosa complexa, contando com associados espalhados por diversos estados brasileiros.
Os investigadores descobriram que o grupo movimentava quantidades impressionantes de entorpecentes, incluindo carregamentos que chegavam a toneladas de drogas. Para disfarçar o transporte ilegal, os criminosos utilizavam caixas de frutas como camuflagem. Além do tráfico de drogas, a organização atuava ativamente no comércio de armas de fogo, inclusive fuzis. As investigações também apontaram conexões do grupo com facções criminosas de atuação nacional.
As medidas judiciais foram autorizadas pelo Juízo da 5ª Vara Criminal de Londrina e cumpridas em quatro estados: Paraná (Londrina, Piraquara e Cianorte), Minas Gerais (Contagem e São Joaquim das Bicas), Goiás (Anápolis) e Bahia (Dom Basílio e Barreiras). Entre os alvos estavam pessoas responsáveis pela logística, transporte, armazenamento e gerência financeira da organização.
A Operação Passiflora é fruto de um trabalho integrado de inteligência e investigação entre o Gaeco de Londrina e a Agência Regional de Inteligência do 2º Comando Regional da Polícia Militar. Para o cumprimento das medidas cautelares, a operação contou com o apoio dos Gaecos de Minas Gerais, Goiás e Bahia, além da Polícia Militar da Bahia.



