Copa da alegria

Torcida do Brasil na Fan Fest de Curitiba é só irreverência

O empate não agradou a parte brasileira dos torcedores que foram à Pedreira Paulo Leminski ontem, para torcer pelo Brasil. Sem gol e muito menos a classificação antecipada da Seleção, restou aos milhares de torcedores que conseguiram a tão disputada pulseirinha que dá acesso à Fifa Fan Fest uma série de lembranças do segundo jogo do Brasil na Copa e a convicção na vitória contra Camarões na próxima segunda-feira.

A família Lima ficou concentrada até o último segundo da partida esperando pela vitória. A economista Adriana Cardoso de Lima, 44 anos, veio acompanhada do irmão, o servidor público Marcos Aurélio, 46, e o sobrinho de cinco anos. Praticamente narrando cada lance da partida, a torcedora sentiu falta do domínio característico da Seleção. “Faltou um pouco mais de doação dos nossos jogadores e o Brasil deixou o México mandar”, avaliou.

Ela e o irmão escolheram o mesmo lugar que ocuparam na partida de estreia do Brasil para dar sorte e decidiram que vão continuar ali. “Porque pelo menos não perdemos. E temos que observar o valor do time do México, eles tiveram uma ótima defesa”, acrescentou Marcos.

Mesmo sem gostar do placar final, os irmãos reafirmam a preferência pelo espaço para torcer pelo Brasil. “É muito divertido, você conhece muitas pessoas daqui, de outros estados e de vários países”, destacou Adriana.

Quanto à organização para conseguir as pulseirinhas, eles contam que enquanto Adriana mora perto do Memorial, Marcos Aurélio mora perto do Parque São Lourenço. “Agora, que a retirada ficará somente no Parque, meu irmão ficará encarregado”, constatou Adriana.

Ambos afirmam que o segredo para conseguir as pulseiras é chegar cedo, antes das 9h. “No primeiro jogo consegui pegar rápido, mas contra o México fui sair depois das 10h do Memorial”, explicou. “A fila no São Lourenço tinha uns 500 metros. Peguei em 15 minutos”, comparou Marcos Aurélio.

Comerciantes do entorno, no entanto, voltaram a criticar a falta de pulseirinhas para os passageiros da Linha Turismo, o reflexo no fraco volume de vendas, bem como a desorganização da distribuição para moradores e comerciantes da área de bloqueio. “Quando dá confusão com grupos que querem entrar, eles liberam sem pulseirinha. Além disso, há quem retire dezenas de pulseirinhas para vender, já ouvi oferta até de 20 dólares”, denunciou o comerciante Álvaro Andreatta.

Fora do palco

Uma das manias da Copa do Mundo no Brasil é tirar fotos com os estrangeiros. O comerciante mexicano Gabriel Medina, 35, viveu seu dia de celebridade. Além de simpático ele acertou que o jogo terminaria em empate, só que previa um gol para cada país, dos jogadores Peralta e Neymar. Um grupo de seis sul-coreanas também passou parte do jogo fazendo poses. “Acho que o Brasil vai ficar no zero a zero hoje, mas a Coreia do Sul deve perder para a Rússia, ainda somos fracos no futebol”, avaliou a estudante Keunhee Shin.