Servidores da Universidade Federal do Paraná estão parados

Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) iniciaram ontem uma paralisação de 48 horas para reivindicar o cumprimento de acordos firmados no ano passado.

Pela manhã, eles se reuniram no pátio da reitoria, em Curitiba, para uma assembléia. À tarde, o HC anunciou o cancelamento de seis cirurgias em função da mobilização.

Se os reajustes salariais, previstos para iniciarem em maio, não forem concedidos, a categoria ameaça paralisar as atividades por tempo indeterminado.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), Wilson Messias, diz que o movimento pressiona o governo para que cumpra com o acordo de reestruturação da tabela de vencimentos, firmado quando do término da última greve. Os reajustes (que variam entre 20% e 89%) foram divididos em três etapas e deveriam começar a ser pagos daqui a três meses. ?Mas o governo fala em repactuar prazos e tabelas, o que não vamos aceitar?, garante. A justificativa seria ausência de recursos por conta do fim da CPMF.

Paralisação

O movimento de ontem foi definido pelo sindicalista mais como ?mobilização? do que paralisação das atividades. Segundo ele, nenhum setor do Hospital de Clínicas ou da universidade deixou de funcionar. Ontem, o sindicato recrutou um ou dois funcionários de cada setor do HC a participarem de nova assembléia na manhã de hoje. ?Estamos pedindo que fiquem em número suficiente para tocar o serviço, já que não avisamos a população e não queremos prejudicar os atendimentos.? Da assembléia de ontem, participaram cerca de cem servidores. Existem cerca de 5 mil técnico-administrativos em atividade na universidade e hospital.

Em um balanço parcial, o diretor do HC, Giovanni Loddo, informou que quatro funcionários faltaram ao trabalho no ambulatório ontem pela manhã e seis cirurgias foram canceladas à tarde por falta de servidores. ?Todas as unidades devem fazer um levantamento no final do dia e amanhã (hoje) saberemos como foi a adesão?, disse. De acordo com Loddo, a paralisação não foi informada à direção do HC, procedimento que geralmente é feito com 72 horas de antecedência.

O presidente do Sinditest, porém, defende que os cancelamentos não tiveram só a ver com o movimento. ?Saiu apenas uma pessoa do centro cirúrgico, o que não ocasionaria tantos cancelamentos.? Na UFPR, a assessoria de imprensa confirmou que, embora não tenha sido feito levantamento dos servidores parados, nenhum setor deixou de funcionar.

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