Trabalhando em praças, postos de saúde ou parques, guardas municipais reclamam da série de dificuldades que enfrentam no dia-a-dia. ?Armamento é o principal. Se nos deram poder de polícia, as pessoas estranham a gente não ter arma, a população nos respeita, mas o próprio funcionalismo não nos vê com bons olhos?, afirma um guarda que não quis se identificar. Com poucas viaturas e pessoal, eles reclamam também da falta de material de logística, como aparelhos de comunicação, HT ou celulares.
Uma das queixas é de falta de materiais de proteção pessoal para o trabalho, como luvas e óculos escuros. De acordo com Delourdes de Barros Franco, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais (Simuc), as reivindicações são levadas até a Prefeitura de Curitiba, mas não há respostas oficiais. Os guardas cobram melhores condições para combater a criminalidade.
?O cara não tem arma, não tem colete e está em contato direto com o bandido. Existem muitas regiões complicadas: o Mercado da Família, o Armazém da Família, que trabalham com dinheiro, as unidades de saúde 24 horas. Lá no Campo Comprido, por exemplo, tem só um guarda e desarmado?, diz outro guarda, que só conversou com a reportagem sob a condição de ser mantido no anonimato.
Para o secretário de Defesa Social, coronel Itamar dos Santos, muitas das reclamações não procedem. ?Claro que não temos equipamentos para todos. Estamos tentando adquirir isso. Temos plano e verba contingenciada para compra desse material?, garante. Ele diz que o efetivo atual é de 1.300 guardas, que trabalham com 430 coletes, armas e 116 comunicadores HT. ?Não procedem tantas reclamações?, afirma o secretário.
Ele explica que os materiais são distribuídos aos guardas de acordo com os riscos dos bairros em que atuam. ?Já o efetivo, nunca é suficiente. É muito complicado fazer reposição?, afirma. Segundo ele, em agosto serão formados 120 guardas, em setembro ou outubro outros 156, e em janeiro 120. ?Até o final da gestão a meta é de mil novos guardas?, promete Itamar dos Santos.