Riacho poluído atormenta vida de moradores da CIC

Os moradores da Rua Leandro Dacheux Júnior, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), reclamam do cheiro insuportável do Riacho Augusta – oficialmente a Prefeitura de Curitiba o trata como Ribeirão do Mueller -, que passa paralelamente à via. Além disso, por causa da poluição proveniente da mistura de esgoto e detergentes, uma espuma tóxica é formada sobre o rio.

A dona de casa Rosicle Brião Passada, que mora na rua há vinte anos, afirma que nos dias de calor o cheiro ruim é tão forte que a família dela não consegue fazer as refeições. Ela conta que a espuma, às vezes, cobre todo o rio e começa a voar pela rua. “Eu e meus vizinhos temos que fechar as janelas para não entrar espuma dentro de casa”, comenta Rosicle. “Nós já pedimos ajuda, mas não somos atendidos”, revela.

A moradora também reclama da erosão nas margens do rio, que inclusive já levou parte da cancha de futebol de areia de um complexo de lazer situado na rua. Rosicle explica que uma ponte foi construída sobre o córrego e, para isso, o seu curso foi desviado. A não – realização de contenções está fazendo com que as barreiras de terra estejam desmoronando.

O morador da região e atendente do setor de urbanismo do bairro Santa Felicidade, vinculado à Prefeitura de Curitiba, Manoel Osmar de Lima, conta que há um projeto para a reestruturação do riacho. “Será feita uma proteção com tela e pedras para conter o barranco”, comenta. “Se isso não for feito, a erosão vai chegar até as casas”, explica. Para Lima, a razão do problema é o entulho que a população da área joga no córrego. O projeto também prevê a recuperação da ponte sobre o Riacho Augusta, que está abalada com as erosões.

Emergencial

A Prefeitura de Curitiba informou que a obra de contenção da erosão do Ribeirão do Mueller é considerada emergencial, devendo ser iniciada entre maio e junho.

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