Requião dará prioridade ao policiamento comunitário

O governador Roberto Requião confirmou ontem, durante a cerimônia de posse do novo comandante da Polícia Militar do Paraná, coronel David Antônio Pancotti, que vai dar prioridade ao policiamento comunitário, através do projeto Povo (Policiamento Ostensivo Volante). O projeto inicia pelas cidade, de Londrina, Curitiba e Região Metropolitana. Requião também elogiou a corporação, afirmando que “a Polícia Militar do Paraná é, sem dúvida, a melhor do País”.

O coronel Pancotti substitui o coronel Mário Sérgio Nicolau, que entrou para a reserva há duas semanas, após 35 anos de serviços prestados à corporação. O novo comandante, na PM há 31 anos, afirmou que sua principal meta é ampliar o programa de policiamento comunitário, que funciona em alguns bairros de Curitiba, e usá-lo como base para a implantação do projeto Povo. “Vamos também valorizar o policial, oferecendo cursos de qualificação e dar atenção especial às ações integradas, que já estão sendo realizadas em Almirante Tamandaré e São José dos Pinhais.”

O aparelhamento da Polícia Científica e a qualificação profissional do efetivo têm sido defendidos pelo governador como o melhor caminho para uma Polícia Militar eficiente. “Não adianta aumentar o efetivo, se o policial estiver despreparado para atuar”, disse Requião. O projeto Povo vem se somar a esses esforços, dentro da filosofia de estreitar o contato da comunidade com o policial. O projeto prevê PMs conhecidos dos moradores do bairro, atuando com uma viatura e duas motos, e podendo ser acessados através de um telefone celular e do próprio 190.

O governador também elogiou a atuação da comissão de mediação, formada por representantes do Ministério Público, Polícia Militar, Prefeitura Municipal e Iapar, no caso da desocupação de uma área do instituto no município de Xambrê, invadida por sem terras. “Mais uma vez fizemos uma desocupação através do diálogo e da dissuasão, em vez de empregar a força policial”, comentou Requião.

A transmissão do comando aconteceu no quartel do Comando Geral da PM e contou com as presenças de secretários de Estado, representantes do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, e demais autoridades militares.

Efetivo

O governador confirmou que o efetivo da PM não deve ser aumentado e também enfatizou a importância da qualificação dos policiais para a redução da criminalidade no Estado. “Não é preciso aumentar o número de policiais para garantir a segurança nas ruas. O mais importante é que eles sejam bem treinados e tenham boas condições de trabalho e locomoção”, explica. “No Rio de Janeiro, por exemplo, o governo colocou o Exército nas ruas e a criminalidade só aumentou.”

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