Radares em rodovias ainda estão desativados

Os redutores eletrônicos de velocidade instalados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em rodovias federais que cortam o Paraná, desativados desde 2007, continuam sem data prevista para serem religados. Mesmo assim, ainda este ano, o número desses equipamentos nas mesmas estradas deve aumentar significativamente. Isso porque a prefeitura de Curitiba e as concessionárias que assumiram os trechos já têm cronograma definido para implantação de lombadas eletrônicas e radares.

Apesar do contrato de prestação de serviços de medição de velocidade ter vencido em outubro de 2007, um novo edital de concorrência foi lançado pelo Dnit apenas em janeiro de 2008. O processo de licitação sofreu uma série de impugnações, foi questionado na Justiça e, desde julho, está suspenso por determinação judicial. Nele, está previsto um aumento na quantidade de redutores no País, dos 321 atuais, para 1.130. Nas estradas do Paraná, porém, o número de equipamentos sob responsabilidade do órgão deve cair de 22 para 18.

Já nas estradas que passaram para administração de concessionárias ou do município de Curitiba, o número de equipamentos de controle de velocidade deve aumentar. Tanto as empresas quanto a prefeitura preveem ainda para este ano a instalação de radares ou lombadas eletrônicas nos trechos das rodovias federais que estão administrando.

Radares móveis

Enquanto isso, pontos críticos para motoristas, como a curva da Santa, na BR-376 entre Curitiba e Joinville, e para os pedestres, como a reta da BR-476 que corta a Vila Zumbi, em Colombo, ficam dependendo apenas do monitoramento por radares móveis, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Nesses pontos temos que suprir a falta da lombada”, diz o inspetor Fabiano Moreno, da Comunicação Social da PRF.

Moreno lembra que os equipamentos fixos desativados nesses pontos são de responsabilidade total e exclusiva do Dnit. Mesmo assim, ele diz que os locais, bem como alguns outros trechos, têm fiscalização quase permanente da PRF. Um deles é o Contorno Leste, em Curitiba, onde o inspetor aponta recorrentes abusos na velocidade. “Já registramos um carro a 210 quilômetros por hora ali”, diz ele.

Segundo Moreno, o excesso de velocidade é responsável por quase a totalidade dos atropelamentos nos trechos urbanos das BRs, e tem relação direta ou indireta com pelo menos 70% das mortes nas rodovias. Por isso, precisa ser combatido. Mas ele acredita que a falta de redutores eletrônicos não atrapalha o trabalho da polícia. “Sem dúvida as lombadas ajudam. Mas de qualquer forma a infração vem sendo combatida pela PRF há bastante tempo. O número de radares até foi aumentado recentemente”, informa.

Nova licitação na Linha Verde

A responsabilidade pelos redutores mudou bastante em alguns trechos das rodovias federais que cortam o Paraná, desde que o contrato do Dnit com a empresa que mantinha os equipamentos se encerrou, em 2007. No trecho urbano da antiga BR-116 em Curitiba, os redutores começaram a ser instalados no final de 1999, quando a estrada – que foi delegada à prefeitura em 2004 e hoje se transformou na Linha Verde – ainda era administrada pelo órgão federal. Como o contrato para o sistema de radares da capital vence em março e não pode mais ser renovado, a prefeitura deve publicar, nas próximas semanas,

um novo edital de licitação para o serviço, onde deverá estar previsto pontos de fiscalização na via. Nos trechos da BR-116 entre São Paulo e a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul e das BRs 376 e 101, entre Curitiba e Palhoça (SC), as concessionárias que passaram a administrar as estradas preveem a instalação de 83 equipamentos. Contudo, as empresas – a Autopista Régis Bittencourt, a Autopista Planalto Sul e a Autopista Litoral Sul, todas pertencentes ao consórcio OHL – ainda não definiram os ,pontos de instalação.

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