Programa de intercâmbio difunde cultura brasileira

A oportunidade de conhecer a cultura de outro país não é para qualquer um. Ainda mais quando é possível conhecer integrantes do governo e vivenciar o dia-a-dia das pessoas desse lugar. A missão torna-se importante porque o contemplado vira um embaixador brasileiro nesse país. Esses são os benefícios para quem é escolhido no Programa de Intercâmbio Jovens Embaixadores, promovido pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

A supervisora do Centro Cultural Brasil – Estados Unidos (EUA) de Curitiba – responsável pela seleção do programa na capital paranaense – Maria Rute Leal, conta que um dos objetivos do projeto é divulgar a cultura brasileira na América do Norte. As vinte pessoas escolhidas realmente viram embaixadores do Brasil durante duas semanas em Washington e em outro estado norte-americano a ser determinado pela organização do programa. “A visita não é para turismo. A embaixada americana quer mudar a imagem do Brasil, mostrar que aqui existe a mesma tecnologia de lá, que não somos apenas florestas. Esse trabalho deve ser feito aos poucos”, afirma.

A relações públicas do Interamericano (escola de línguas vinculada ao Centro Cultural), Daniele Trigueiros, explica que os escolhidos também têm a missão de trazer mais informações sobre os EUA para o Brasil. “Na volta, eles possuem a responsabilidade de trazer a real imagem da cultura americana e também multiplicar essa informação”, comenta. Os visitantes conhecem setores do governo americano, entre eles a Casa Branca, conversam com integrantes do comando nacional e conhecem a história do país. “A primeira turma do programa, em 2002, conseguiu falar com o secretário de Estado, Colin Powell. Por meio da embaixada, o grupo terá acesso a lugares onde os visitantes comuns não passam. Além disso, convivem integralmente com as atividades na casa de uma família dos Estados Unidos. Tem que ir na escola, na igreja, no supermercado”, cita Daniele.

A estudante Lisane Moreira, de 19 anos, foi um dos três contemplados do Paraná na seleção do ano passado. Ela viajou aos EUA no começo desse ano. Passou por Washington e pelo Estado de Indiana. “Quando eu viajei, fui com uma imagem de que os americanos eram diferentes, se achavam superiores. Mas vi que é completamente o contrário. São super-abertos”, lembra. “Eles conhecem pouco de outras culturas, mas ficam super-curiosos. Pensam que se fala espanhol no Brasil e que o nosso País é somente a Floresta Amazônica. Levei algumas fitas de Curitiba e eles perguntaram onde estavam os animais. A família que me hospedou se surpreendeu com a cidade”, observa Lisane.

A coordenadora acadêmica do Interamericano, Ane Cibele Palma, explica que os candidatos devem seguir uma série de pré-requisitos antes da inscrição, que ocorrem até o dia 28 de agosto. Eles devem ter entre 15 e 18 anos, fluência oral e escrita em inglês, bom relacionamento em casa e na escola, possuir um bom desempenho escolar e pertencer à rede pública de ensino ou ser bolsista integral em uma escola particular. “O programa atende as pessoas que não teriam condições de viajar para os Estados Unidos. Outra condição é nunca ter estado no exterior”, explica. O inscrito também precisa apresentar uma série de documentos, como a declaração do Imposto de Renda dos pais ou responsáveis, declaração de matrícula da escola, histórico escolar, entre outros. O programa também está aberto a professores. Mais informações pelo site www.embaixada-americana.org.br e no telefone (41) 233-3422.

Saúde da Família beneficia 331 municípios

A Secretaria de Estado da Saúde realizou uma ação inédita. Com o projeto de incentivo ao Programa Saúde da Família (PSF), é realizado um repasse do Fundo Estadual de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde. O valor é de R$ 9,63 milhões e beneficia quase 5,5 milhões de habitantes em 331 cidades com menos de 100 mil habitantes e que tenham o programa implantado.

“Observamos as dificuldades de alguns municípios em manter o Programa Saúde da Família. Com este repasse, será possível garantir o atendimento integral à população e demonstrar a mudança do panorama na saúde pública do Estado, que agora também investe na atenção básica”, disse Luiz Cláudio Xavier, secretário da pasta.

O objetivo é dobrar a abrangência dos técnicos que atendem os municípios. Eles são capacitados em suas próprias regiões, por meio dos 22 Pólos de Educação Permanente, que foram implantados pela secretaria com recursos de R$ 1,32 milhão anuais, em outra iniciativa pioneira no Brasil. Em 2003, o número de equipes do PSF pulou de 1.071 para 1.159 e as de saúde bucal foram de 334 para 414.

Além da verba, a secretaria auxilia os municípios com o acompanhamento da evolução do programa e com a capacitação de profissionais que trabalham no PSF. Os cursos serão ministrados pelos Pólos Regionais de Educação Permanente em Saúde. Além disso, a secretaria realizará avaliações e identificará novas estratégias para alteração dos indicadores epidemiológicos e de serviços relacionados ao programa. “Esta é uma ação que era necessária há muito tempo. Os municípios precisavam da participação do Estado no PSF”, ressaltou na ocasião do lançamento do programa o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Antônio Carlos Nardi.

Para a cozinheira Juracir Martins Costa, 52, de Araucária, o atendimento do Programa Saúde da Família é eficiente. Ela diz que todas as vezes que precisou, foi bem atendida. “O médico está em minha casa freqüentemente”, disse Juracir. Ela teve infarto há aproximadamente duas semanas e precisou de acompanhamento médico constante, tanto em casa quanto no posto de saúde. Hipertensa, ela é atendida pelo PSF há dois anos. “Os agentes do PSF estão em minha casa pelo menos três vezes por semana.”

Critérios

Para que um município receba o incentivo é necessário apresentar à secretaria o plano municipal de saúde aprovado pelo conselho de saúde de sua cidade. Outro requisito é a apresentação trimestral do relatório de gestão na Câmara Municipal, além da prestação de contas dos recursos utilizados pelo município. No processo de acompanhamento, técnicos analisarão a evolução de alguns indicadores que devem ser repassados às regionais de Saúde.

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