Polícia Federal no Paraná cruza os braços hoje

Na noite de segunda-feira, em assembléia na sede do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef/PR), os agentes que atuam no estado apenas formalizaram o que estava decidido pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). ?A assembléia foi só para ratificar o que já era previsto em nosso calendário de mobilização. Já estávamos preparados para isso?, disse o presidente do Sinpef, Sílvio Renato Jardim. ?Nossos movimentos não são isolados e nosso protesto é justo. Desde o início do ano aguardamos o pagamento da segunda parcela do reajuste salarial, mas até agora isso só está sendo adiado.?

De acordo com o sindicalista, a despeito da reunião realizada na segunda-feira, em Brasília, entre o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o presidente da Fenapef, Marcos Vinício Wink, a categoria decidiu manter a pauta prevista para hoje. ?Decidimos fazer a paralisação de todas as atividades, mantendo apenas as essenciais, como plantões e custódias de presos?, avisa. Portanto, hoje, serviços de rotina e emissão de passaportes não serão feitos – a não ser em casos ?extremamente emergenciais?, conforme delimita Jardim.

A Polícia Federal no Paraná conta atualmente com cerca de 700 servidores, dos quais a maior parte cruza os braços hoje. Além do pagamento do reajuste, a categoria reivindica também reestruturações no plano de carreira e na Lei Orgânica da PF. Amanhã, as atividades devem voltar ao normal – mas a possibilidade de deflagrar greve por tempo indeterminado não é excluída. ?Tudo depende da manifestação do governo?, diz o sindicalista. Se nada for acordado, a categoria deve promover no dia 18 de abril uma marcha a Brasília. ?E se ainda assim não houver avanços, seguramente vamos deflagrar greve.? 

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