Começar e terminar uma refeição em Santa Felicidade com polenta. No Restaurante Madalosso, milhares de pessoas fazem isso todos os domingos. A polenta virou o aperitivo, o acompanhamento e o fecho da refeição, mesmo quando já não cabe mais nada e ainda é impossível resistir à tentação.
A responsável por isso é Flora Madalosso Bertolli, uma das fundadoras do restaurante, que em 2013 vai comemorar 50 anos de existência. A receita vem de família e foi aprimorada com o passar dos anos. “A polenta e a asinha de frango são meus carros-chefe. A polenta está presente mesmo nos cardápios mais sofisticados. Com queijo ralado em cima, servimos como aperitivo. Nunca fiquei um dia sem servir polenta nestes quase 50 anos de Madalosso”, comenta Dona Flora.
Há lugares específicos para a produção, armazenamento e corte da polenta. Tudo começa dentro de uma grande panela, onde são colocados 70 litros de água para 18 quilos de fubá em cada receita. Após eliminar as “pelotas” com um batedor manual, a mistura vai para a máquina e fica ali, mexendo, por uma hora.
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| Dona Flora: presente até nos cardápios mais sofisticado. |
Só depois disso a polenta é colocada em formas menores e fica esfriando. O último passo é colocar em uma câmara fria, mas não para congelar. “O segredo da polenta é colocar água fervendo na panela, no início do preparo, antes do fubá”, conta Dona Flora. Segundo segredo: Antônio de Paula, que trabalha há 15 anos misturando polenta no Madalosso.
Antigamente, uma equipe no restaurante era especializada em cortar polenta. Dona Flora desenvolveu uma “engenhoca” para fazer este serviço. Com a máquina, em 20 minutos é possível deixar a polenta pronta para um batalhão.
O terceiro segredo da polenta está na fritura. O óleo precisa estar quente, a 200ºC. É a última etapa para chegar na mesa douradinha, crocante por fora e macia por dentro. Dona Flora convida a equipe dos Caçadores de Notícias para saborear a polenta pronta, quentinha. Lógico que a gente não resistiu!
História de sucesso
A fundadora do Restaurante Madalosso continua trabalhando normalmente e vai para a cozinha todos os dias. Dona Flora e sua equipe gigantesca atendem, de uma única vez, milhares de pessoas no restaurante. O recorde de clientes em um único mês foi alcançado em dezembro do ano passado, quando 75 mil pessoas saborearam as delícias do Madalosso.
Quando surgiu a ideia de montar o restaurante, em 1963, o pai de dona Flora vendeu um terreno e ajudou a comprar um estabelecimento, onde hoje está localizado o Restaurante Velho Madalosso. O trabalho começou com toda a família. Em 1970 foi inaugurado o Novo Madalosso, do outro lado da Avenida Manoel Ribas. A área com um enorme parreiral foi dando espaço para um dos restaurantes mais conhecidos de Curitiba. “Nossa meta, ousada, era atender 400 pessoas no domingo. Tem dia que atendemos quatro mil”, revela Dona Flora.
A estrutura do restaurante foi aumentando, assim como o reconhecimento. Hoje, Dona Flora já está servindo a quarta geração de famílias curitibanas que frequentemente passam o almoço de domingo no Madalosso. “O segredo do sucesso é honestidade, muito trabalho, dedicação e sempre procurar agradar o cliente em todos os sentidos”, ressalta, lembrando também da importância dos funcionários no dia a dia.
| Gerson Klaina |
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| Antônio de Paula é o responsável pela mistura. |
Confira no vídeo o processo de produção.