Sem dispensa

Pedágio cobra Bombeiros a caminho de brumadinho na Grande Curitiba

Equipes dos Bombeiros são cobradas no pedágio em Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba. Foto: Reprodução
Equipes dos Bombeiros são cobradas no pedágio em Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba. Foto: Reprodução

Um grupo de 28 bombeiros voluntários de Santa Catarina que seguia em seis viaturas para ajudar no resgate e atendimento às vítimas da ruptura da barragem em Brumadinho (MG) não foi liberado de pagar pedágio na BR-116 no Paraná. A situação ocorreu sábado (26), na praça de pedágio de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, e foi registrada em vídeo publicado pelos bombeiros nas redes sociais.

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No vídeo, um dos bombeiros se diz entristecido pelo caso. “É uma pena, né? Porque é um esforço gigantesco, todos os integrantes da equipe são voluntários e os carros são caracterizados”, diz um dos integrantes do Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade de Indaial (SP).

O subcomandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Indaial, Edson Berri, explica que, por lei as viaturas da corporação não estão isentas da cobrança do pedágio porque não são veículos oficiais. “Apesar de os veículos estarem caracterizados com todas as características que as enquadram como de emergência, elas não são oficiais, pois somos instituições privadas, somos ONGs”, explica. Assim, acaba sendo uma escolha da própria concessionária cobrar ou não”, explica.

Contudo, Berri explica que ser comum as concessionárias liberarem a passagem das viaturas dos bombeiros voluntários em situações de emergência como a de Brumadinho. “Aqui em Santa Catarina, em situações que não são emergências, quando a viatura passa, ela paga normalmente. Mas não em emergências. E neste caso era uma situação particular.Talvez tenha faltado um pouco de sensibilidade dos coordenadores do pedágio”, avalia Berri.

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O subcomandante diz ainda que o objetivo do vídeo não é causar constrangimento à concessionária responsável pelo trecho, a AutoPista Régis Bittencourt, e conta que houve contato com a administração da empresa para que ela reveja a decisão de cobrar o pedágio dos bombeiros voluntários. Berri diz que os bombeiros não pretendem ser ressarcidos pelos gastos com a viagem a Brumadinho, mas esperam que a concessionária libere a passagem deles no retorno a Santa Catarina.

A concessionária AutoPista Régis Bittencourt foi contatada pela reportagem da Gazeta do Povo às 10h30 desta segunda-feira (28) e informou, por volta das 20h30, por meio de nota, que os bombeiros voluntários foram liberados sem o pagamento da tarifa após conversas na praça de pedágio na RMC e em todas as outras pelas quais passaram. O bombeiro voluntário ouvido pela Gazeta do Povo, porém, afirmou que foi somente após a veiculação do vídeo que eles passaram a ser liberados nas praças de pedágio seguintes.

Ainda na nota, a Arteris afirmou que situações excepcionais dependem de avaliação caso a caso e que é preciso requerer à concessionária previamente a liberação para não haver pagamento.

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