Risco

Paraná tem sete cidades em alerta contra a dengue

Nova avaliação nacional das informações sobre infestação por larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, revela que sete cidades do Paraná estão em situação de alerta contra a doença. Isso significa que entre 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados nesses municípios apresentaram larvas do mosquito. Outros dois municípios estão em condição satisfatória, isto é, com baixo nível de infestação do mosquito transmissor.

Nenhuma das cidades apresenta risco de surto de dengue, o que se daria com taxa acima de 4%. Os dados são do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2009, realizado entre outubro e novembro, em 163 cidades de todas as regiões. Dessas, 157 enviaram informações até o momento e 102 estão em alerta.

O LIRAa permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada cidade. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, os dados indicam a necessidade de reforço na mobilização nacional para o controle da dengue. “Não podemos baixar guarda. Precisamos – governos, profissionais de saúde e sociedade – reforçar as medidas de prevenção e assistência para que tenhamos nova redução de casos em 2010”, afirmou.

No Paraná, 11 municípios realizaram o LIRAa, dos quais dois não enviaram os dados ao Ministério da Saúde, até o momento. Guaíra registra o índice de infestação predial mais alto no estado. Lá, 3,9% dos imóveis pesquisados apresentaram larvas do mosquito. A capital manteve o índice zero, verificado em 2008. Apucarana, Cambé e Londrina passaram de índice satisfatório para situação de alerta. Os outros municípios em situação de alerta são Foz do Iguaçu, Maringá, Paranavaí e Toledo.

Na região Sul, dos 13 municípios que realizaram o LIRAa, nenhum município está em situação de risco de surto; sete municípios estão em alerta; e três em condições satisfatórias. Três cidades do Sul não enviaram seus dados.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos de dengue notificados em todo o país caiu 46,3% entre 1º de janeiro e 1º de agosto deste ano, ante o mesmo período de 2008. Houve também queda proporcional no número de casos graves (79,2%) e de mortes causadas pela doença (63,2%). A redução ocorreu em 20 estados e no Distrito Federal. No Paraná, a queda foi de 47,9 %, de 14.862 para 7.732.