Paraná cria catéter mais confortável

Os pacientes que precisam se submeter à quimioterapia por um período prolongado, ou aqueles que necessitem de um tratamento com acesso venoso por muito tempo – como infusão de antibióticos e nutrientes -, podem recorrer a um equipamento desenvolvido em Curitiba. O Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner (Ibeg), ligado ao maior hospital oncológico do País, desenvolveu há treze anos um catéter de titânio e silicone, que oferece maior conforto ao paciente durante o tratamento.

A novidade agora é que o Ibeg está lançando novos modelos desse catéter, inclusive neo-natal, que vêm com kit introdutor que facilita a implantação. A intenção é atingir o mercado médico hospitalar de toda a América Latina. A produção do equipamento vai passar de 300 para 2 mil por mês a partir de outubro, volume que deverá atender à atual demanda pelo produto. O engenheiro mecânico e coordenador técnico do instituto, Rafael Martinelli de Oliveira, explica que para atingir o mercado externo a instituição deve obter a certificação de qualidade ISO 9000.

O equipamento produzido em Curitiba tem apenas a concorrência de um produto importado, que custa um terço a mais que o nacional. Segundo Martinelli, este deve ser um dos grandes atrativos para o catéter paranaense. “Além disso, o nosso é único que vem com o kit introdutor, que poderá elevar um pouco o custo, mas ainda continuará mais barato”, completou.

Atualmente, o faturamento do Ibeg com a venda do catéter chega a R$ 100 mil por mês. Com a ampliação, a produção deverá atingir cerca de R$ 150 mil. Esses recursos serão empregados na modernização da produção e para auxiliar o Hospital Erasto Gaertner. Outra meta é que o Sistema Único de Saúde (SUS) amplie a cobertura para o fornecimento do catéter. Hoje, o SUS paga R$ 204 por equipamento, cujo menor custo é de R$ 360. De acordo com o coordenador, os pacientes do hospital têm o equipamento subsidiado, o que não acontece em outros centros de atendimento.

Próteses

Outra novidade anunciada pelo coordenador técnico do Ibeg é que o instituto está retomando a fabricação de próteses ortopédicas e endopróteses. A linha, que ficou parada por sete anos, agora voltará a produzir peças sob encomenda, além da expectativa de ampliar o atendimento para todo o Brasil. Conforme explicou Rafael Martinelli de Oliveira, hoje são produzidas em torno de quatro próteses por mês. Cada uma é projetada em cima da radiografia de cada paciente. “Mas nossa meta é ampliar também essa produção”, finalizou.

Voltar ao topo