Óleo que vazou da Ingrax também atingiu o Iguaçu

O extrato neutro pesado, derivado de petróleo que vazou da empresa Ingrax, em Colombo, no Rio Atuba, durante a manhã de terça-feira, atingiu ontem as águas do Rio Iguaçu. A Defesa Civil, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o Corpo de Bombeiros e funcionários da empresa informaram que até a tarde de ontem haviam recolhido 2 mil litros dos 6 mil litros que atingiram inicialmente o Rio Atuba. Oito barreiras de contenção foram instaladas ao longo dos dois rios. No Iguaçu, foram instaladas três, sendo a mais distante nas proximidades do Zoológico, a cerca de 18 km do local do acidente.

O abastecimento de água de Curitiba não sofrerá interferência, pois o óleo entrou num ponto posterior ao local onde é feita a captação de água no Iguaçu.
Conforme o coordenador da Diretoria de Controle e Recursos Ambientais do IAP, José Luiz Bolicenha, o extrato neutro pesado chegou até a uma barreira instalada nas proximidades da Avenida Marechal Floriano Peixoto. ?Na barreira próxima ao Zoológico estão sendo encontradas apenas películas de óleo?, garantiu Bolicenha. Ele não quis arriscar o tempo para que o serviço de limpeza seja concluído. ?Vamos trabalhar até conseguir retirar todo o material. Nossos técnicos estão fazendo uma análise das perdas na fauna e na flora, para depois aplicarmos uma multa na Ingrax?, afirmou, destacando que essa multa deve ter seu valor divulgado até o final de semana. Os serviços da empresa já foram interditados no dia do acidente.
O coronel Luís Antônio Borges Vieira, da Defesa Civil, informou que cinqüenta homens vêm trabalhando na remoção do extrato neutro pesado (utilizado como matéria-prima de graxas e lubrificantes). Ao todo vazaram 15 mil litros de óleo, dos quais 9 mil foram contidos no pátio da empresa?, disse Vieira.
Segundo as informações da empresa, o acidente aconteceu quando o óleo estava sendo transferido de uma caminhão para o tanque da Ingrax. O produto chegou ao Rio Atuba, e posteriormente ao Rio Iguaçu, pela tubulação de esgoto. ?O acidente foi causado por falha humana. Durante o transbordo, a válvula de alívio ficou fechada, evitando a saída dos gases e causando o rompimento do tanque?, explicou o gerente de produção da Ingrax, Manoel da Silva Filho.

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