O ministro da Justiça, Tarso Genro, confirmou nesta terça-feira (26) a cessão do delegado federal Fernando Francischini para a recém-criada Secretaria Especial Antidrogas, instalada pelo prefeito Beto Richa na quinta-feira (21). Em telefonema ao delegado Jaber Saadi, superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, o ministro Tarso Genro garantiu a liberação de Francischini, que deve ser publicada no Diário Oficial da União nesta semana. Saadi é o superior imediato de Francischini na Polícia Federal.
Ofício solicitando a liberação de Francischini foi encaminhado pelo prefeito Beto Richa em dezembro de 2007. À frente da Secretaria Especial Antidrogas, Francischini coordenará um trabalho articulado com secretarias como Defesa Social, Educação, Saúde, Cultura, Esporte e Lazer, Ação Social e Assuntos Metropolitanos, para desenvolver projetos em locais com altos números de homicídios e tráfico de drogas. "Vamos trabalhar principalmente com crianças e jovens, disputando seu tempo e atenção, oferecendo projetos com atividades interessantes, para cortar o fluxo financeiro do tráfico", explica Francischini.
A secretaria fará parcerias com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e Conselho Nacional de Entorpecentes (Conen), entre outros órgãos. "Vamos agir também na Região Metropolitana de Curitiba, porque é impossível pensar a questão do tráfico de drogas sem envolver municípios conurbados à capital, como Colombo, Pinhais e Almirante Tamandaré", diz o delegado.
A secretaria terá apoio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), instituído pelo Ministério da Justiça em onze regiões metropolitanas consideradas mais violentas, de acordo com pesquisas do ministério.
Aprovação – A criação da Secretaria Especial Antidrogas é aprovada por 91% dos curitibanos, segundo pesquisa feita pelo instituto Cota, publicada no domingo (24) pelo jornal "O Estado do Paraná".
A escolha do delegado Fernando Francischini para ocupar o cargo é apoiada por 85% dos entrevistados, enquanto 7% não apóiam a indicação e 9% não souberam ou não quiseram responder. A aprovação da nova secretaria é maior entre as mulheres, com 94%. Entre os homens, a aprovação é de 89%. A pesquisa foi feita por telefone, com 400 pessoas. Com margem de erro de 4,9 pontos percentuais, tem um intervalo de confiança de 95%.