Jogo de computador está dividindo as opiniões

Os jogos de computadores viraram mania entre crianças, adolescentes e até adultos de diversas regiões do planeta. A brincadeira, porém, aparentemente inocente, vem dividindo opiniões e gerando polêmica entre pais, educadores, psicólogos e mesmo fabricantes dos jogos.

Muitos acreditam que determinados títulos podem incitar a violência, desviar a atenção das crianças em relação aos estudos ou tirá-las de brincadeiras consideradas mais saudáveis e realizadas ao ar livre. Outros defendem que os jogos possam ser educativos, trabalhar a imaginação, despertar a curiosidade, contribuir com o raciocínio lógico e incentivar o desenvolvimento de habilidades motoras.

Na opinião do gerente comercial da Honírica Entertainment, Juliano Barbosa Alves, e do secretário executivo da Inflammation Entertainment, Alexandre Moreira Feitosa – que ontem participaram como palestrantes do I Congresso Internacional de Tecnologia e Inovação para Jogos de Entretenimento, promovido pelo UnicemP -cabe aos pais avaliar que jogos são ou não saudáveis aos seus filhos pequenos.

“Acreditamos que, em relação aos jogos eletrônicos, apenas o excesso é prejudicial às crianças”, afirmam. “Os jogos, assim como a TV e o cinema, podem ser apenas mais uma coisa a incentivar a violência de pessoas que já têm predisposição a ela, mas não a causa do problema. Geralmente, quem se deixa influenciar por cenas contidas em jogos já possui algum tipo de distúrbio mental ou desvio de comportamento. Dizer que os jogos são a causa da violência é absurdo e uma análise simplista da realidade.”

Pais

Segundo os palestrantes, é importante que os pais não coloquem os jogos como substitutos deles próprios na vida dos filhos. Isto é, sem muito tempo para dedicar às crianças, alguns pais acabam se contentando em deixá-las quietas e entretidas em frente ao computador, aparentemente sem se sentirem solitárias ou carentes de atenção. “Os pais devem controlar o tempo que os filhos ficam em frente ao computador, observar seus comportamentos e ensiná-los a diferenciar o que é realidade do que é ficção ou fantasia”, diz Alexandre.

Já Juliano, além de achar que os pais devem escolher jogos adequados e próprios à idade dos filhos, os aconselha a também jogar ou, pelo menos, sentar ao lado das crianças quando estas estiverem diante do computador. A atitude permite que eles possam analisar o conteúdo dos jogos. “Os responsáveis devem ter um controle, observar os jogos e julgar se o conteúdo é ou não bom para as crianças”, declara. “Muitas vezes, assim como um filme, o que está na embalagem do jogo não corresponde totalmente à realidade. O acompanhamento dos pais é de fundamental importância.”

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