Fim do contrabando em Foz do Iguaçu está longe de terminar

De acordo com um novo dossiê, divulgado ontem pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a situação dos policiais federais na Ponte da Amizade ?está menos pior, mas ainda é grave?. Com base em um levantamento no local, os policiais alegam que ?algumas medidas foram colocadas em prática, principalmente, para evitar o contrabando descarado sobre a ponte. No entanto, estão longe de resolver o problema?.  

No documento, entre as medidas já adotadas para amenizar a prática é citado o reforço de vigilância. ?Uma das portas abertas ao contrabando, um buraco feito na cerca da Ponte da Amizade, ganhou a vigilância de servidores da PF, da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal. A iniciativa ajudou a acabar com o rapel e o arremesso de produtos?, como traz o texto.

No entanto, eles completam que ?o dinheiro público seria muito melhor aproveitado se o administrador de plantão fechasse o rombo da cerca, aproveitando os servidores em outras funções?. Como traz o dossiê, outro problema quanto à vigilância reforçada seria que para isso ?os policiais rodoviários federais foram deslocados da fronteira com a Argentina para a Ponte da Amizade. A iniciativa acaba reforçando, mas enfraquece na fronteira com a Argentina?.

Outras deficiências, como ?precariedade na iluminação?, o que, segundo a Fenapef, ?dificulta e torna o trabalho dos policiais mais perigoso?, e falta de efetivo, também são relacionados no relatório. O documento ainda propõe ?a utilização compartilhada do monitoramento feito através de câmeras pela Receita Federal? e conclui que esses problemas se devem à falta de iniciativa ?dos ?gestores? da PF em Foz do Iguaçu?.

Através da assessoria de imprensa, a Polícia Federal de Foz afirmou que este não é o primeiro dossiê elaborado pela categoria. Já foram divulgados um sobre a delegacia, dois sobre a Ponte da Amizade e outro sobre a Ponte Tancredo Neves (fronteira com Argentina). Porém, a PF não quis comentar nenhum dos documentos.

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