Estudantes mobilizados contra reajuste

Uma mobilização estudantil está sendo organizada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) contra o iminente aumento das passagens dos ônibus de Curitiba e Região Metropolitana. A entidade programa um protesto em frente a sede da Urbs na próxima terça-feira.

Segundo Paulo Eduardo Bodziak Jr., diretor da Ubes, o aumento de 15,15% vai atingir diretamente os estudantes carentes que necessitam diariamente dos ônibus na capital e Região Metropolitana para chegarem às escolas. Ele afirmou que já estão sendo realizadas as primeiras mobilizações nas escolas para que todos os estudantes participem do ato. “Estamos lutando pelos direitos dos estudantes. A tarifa já é alta e custa muito para o bolso de todos os que utilizam as linhas”, diz.

Paulo ainda afirmou que tentou entrar em contato com a diretoria da Urbs, para manifestar a posição dos estudantes, mas não conseguiu falar com os responsáveis. Os pais dos estudantes também devem participar da mobilização. “Eles só olham a planilha de custos e não pensam no efeito que isso vai ter na sociedade. Imagine uma família que tem mais de um estudante que precisa do ônibus? Se aumentar a tarifa, será quase R$ 4,00 por dia. R$ 1,90 para ir e depois mais uma passagem na volta. Isso não pode acontecer”, completa.

Análise

A indefinição sobre o reajuste no valor das tarifas de ônibus da Rede Integrada de Transporte (RIT) permanece. A reunião de ontem à tarde, entre os técnicos da Coordenadoria da Região Metropolitana (Comec) e da Urbs, empresa que administra o transporte coletivo, não finalizou as análises. A atualização da planilha de custos prossegue hoje pela manhã.

Os resultados das análises serão repassadas ao prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi e ao secretário especial de Assuntos Metropolitanos, Edson Luiz Strapasson, para que seja decidido o valor do reajuste.

A planilha de custos da Urbs apresenta a necessidade de um aumento de 15,15% no valor da tarifa atual. Com isso, o valor iria para R$ 1,90. Para Taniguchi, “o aumento se faz necessário para manter o bom funcionamento do sistema de transporte da região, sem que ocorra uma desintegração”.

Segundo o presidente da Comec, Alcindino Bittencourt, não há prazo para a conclusão dos trabalhos. “Toda a documentação que faltava foi trazida pela Urbs, mas o trabalho de análise dos custos é demorado”, informou. Alcindino quer a redução da tarifa e defende que outras alternativas sejam buscadas para evitar o aumento. Ele ainda garantiu que a integração entre Curitiba e a RMC, que existe desde 1996, será mantida. “Mesmo que com tarifas diferentes, o fim da integração está descartado”, enfatizou.

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