Encontro debate ‘fronteiras’ do paisagismo no país

O 9º Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Urbanismo no Brasil (Enepea), marcado para esta semana em Curitiba, reunirá centenas de estudantes, professores e especialistas da área.

Realizado a cada dois anos, o evento acontece pela primeira vez na capital paranaense.

Com o tema “Fronteiras”, esta edição é organizada pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, em parceria com outras quatro universidades: UEM, UEL, PUC-PR e Positivo. O encontro será realizado entre os dias 22 e 25 de outubro, no Teatro da Reitoria e no Centro Politécnico da UFPR.

Entre os palestrantes estão o geógrafo Demétrio Magnoli, o professor de planejamento urbano da Universidade de Veneza, Bruno Dolcetta, e o professor de arquitetura paisagística da Universidade da Califórnia, Walter Hood.

“O vidro do carro fechado por insegurança e o muro alto, com arames eletrificados, são exemplos de fronteiras que estabelecemos entre nós e os outros”, observa o arquiteto e professor Paulo Chiesa, vice-coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR. “As fronteiras são culturais, simbólicas, físicas, imaginárias, estáveis, móveis. Os arquitetos e urbanistas lidam com elas constantemente.”

A organização do evento estima em 500 o total de participantes, entre professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação, profissionais e pessoas interessadas em paisagismo.

“O ensino de paisagismo é fundamental porque está ligado ao desenvolvimento sustentável da sociedade”, explica Paulo Chiesa. “Paisagismo não é algo meramente estético, como poderia imaginar o senso comum. Diz respeito a um planejamento prévio da transformação ambiental, ao controle da intervenção humana.”