Tragédia na BR-277

Encontrada quinta vítima do acidente na Serra do Mar. Suspeita é de que seja a mãe do bebê

Os bombeiros localizaram no início da noite desta segunda-feira (4) o corpo de mais uma vítima do acidente trágico que ocorreu no domingo (3) na BR-277, na região de Morretes, no Litoral do Paraná. O corpo, ainda sem identificação, estava carbonizado e foi encontrado no mesmo canal em que foi localizada a quarta vítima da tragédia, no fim da manhã de hoje. A suspeita é de que se trate da mãe do bebê encontrado às margens da rodovia no dia do acidente. Ela ainda é dada como desaparecida.

As buscas por vítimas tinham sido suspensas no início da tarde desta segunda, mas foram retomadas após ser constatado o desaparecimento da mãe da criança, uma mulher de 21 anos. Familiares relataram às autoridades que a mulher viajava com o marido e a filha, de 17 dias, para passar o fim de semana no Litoral do estado. Eles retornavam para Curitiba quando o carro em que estavam, um Renault Clio, pegou fogo após a explosão do tanque de combustível que era transportado por um caminhão que tombou na estrada.

Na tarde desta segunda-feira, a mãe da mulher desaparecida esteve no Hospital Evangélico e reconheceu a neta. Os familiares também peregrinaram por hospitais de Curitiba e do Litoral, mas não a encontraram.

O corpo do marido da jovem foi identificado na tarde desta segunda por um tio dela no IML de Paranaguá. A vítima foi localizada no fim da manhã desta segunda-feira em um canal próximo à rodovia. Segundo o IML, apesar de o corpo ter sido queimado pelas labaredas, o rosto da vítima ficou intacto, o que permitiu o reconhecimento visual. Apesar disso, o corpo não foi liberado por falta de documentação.

Além da retomada das buscas, a Polícia Civil também determinou uma perícia na carcaça do Clio para saber se há material genético da mulher desaparecida no carro. “O corpo pode ter sido carbonizado no acidente. Então vamos fazer uma nova vistoria no veículo e uma perícia criteriosa, com análise de DNA”, disse o delegado Itálo Sêga, chefe da 1.a Subdivisão de Paranaguá.

O corpo de um garoto de 13 anos, que também morreu carbonizado, só será identificado oficialmente por meio de um exame de DNA. Segundo a polícia, familiares da vítima cederam material genético para a análise. Somente após o laudo é que o corpo poderá ser liberado para o sepultamento. Outras duas vítimas da tragédia – o pai do adolescente e a namorada – foram identificados e tiveram o corpo liberado pelo IML.