Os empresários que operam o sistema de transporte coletivo em Curitiba e Região Metropolitana apresentaram nesta sexta-feira (14) à Urbs a proposta para o novo valor da tarifa técnica. Eles defendem que o valor que é repassado às empresas seja de R$ 3,3385 por passageiro. “É a repactuação da tarifa técnica, sem nenhum item de revisão. Contempla apenas a reposição da inflação e o acordo coletivo (dos motoristas e cobradores)”, explicou o assessor da diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), Antonio José Vellozo.
O valor não é definitivo, já que a proposta ainda será avaliada pela Urbs. O município deve se manifestar sobre o assunto na próxima segunda- feira. Na semana passada o órgão divulgou uma estimativa de R$ 3,20 para a tarifa técnica da Rede Integrada, também considerando a taxa de juros e o reajuste dos salários de motoristas e cobradores.
Somente depois de definido o valor da tarifa técnica é que será avaliado o valor da passagem paga pelos usuários, que envolve uma discussão com o governo do Estado sobre o subsídio para a manutenção do sistema integrado de transporte. No final de fevereiro, o governador Beto Richa anunciou o valor de R$ 5 milhões mensais para o serviço, valor que para Urbs já era insuficiente em 2013, quando os custos somavam R$ 7 milhões.
Imposto
Os empresários do sistema de transporte também se manifestaram ontem sobre a presença do imposto de renda das empresas no cálculo para a tarifa técnica. O Setransp afirma que uma eventual exclusão não afeta as empresas de ônibus, pois “não pode implicar redução de valores da remuneração das empresas, devendo tal rubrica, se excluída, ser substituída por outra, de mesmo valor, com o objetivo de manter o equilíbrio econômico do contrato”.