Mais humano

Deputado sugere projeto piloto com pedagogia Waldorf nas escolas do Paraná

Metodologia Waldorf poderia ser adotada nas escolas do Paraná em projeto piloto. Foto: Deposit Photos

Uma pedagogia diferente pode ganhar espaço nas escolas públicas paranaenses. O deputado Goura encaminhou ao governador Ratinho Jr e ao secretário de Educação, Roni Miranda Vieira, uma solicitação para estudo de viabilidade de implementação da pedagogia Waldorf na rede pública de ensino.

O pedido, feito por meio do ofício 275/2025 enviado no dia 12 de dezembro, é resultado de uma reunião realizada em setembro com representantes das escolas Waldorf. Durante o encontro, que também contou com a participação da vereadora de Curitiba, Laís Leão (PDT), foram relatadas dificuldades nos processos de regularização das instituições, problemas que geralmente ocorrem pela falta de conhecimento sobre essa metodologia de ensino.

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A partir disso, o deputado sugeriu ações para apresentar o modelo, que já é difundido em todo o Brasil, mas ainda pouco conhecido pela maioria da população.

“Acredito que podemos trabalhar para ter a Pedagogia Waldorf na rede pública e não ser apenas para alguns. Nós, enquanto parlamentares, podemos colaborar para uma aproximação da pedagogia com as secretarias de educação das prefeituras e do governo estadual no sentido de incentivar uma diversidade pedagógica”, afirmou Goura.

Na justificativa do ofício, o deputado destacou que a Pedagogia Waldorf tem como fundamento uma compreensão ampliada e integral do ser humano e de seu processo de desenvolvimento, reconhecendo crianças e jovens em suas singularidades e nas especificidades próprias de cada faixa etária.

O objetivo é oferecer condições para que cada indivíduo descubra seu potencial, se desenvolva plenamente, supere desafios e realize seus talentos.

Além do estudo de viabilidade para a implantação do projeto-piloto, Goura solicitou que o governo estadual avalie a possibilidade de apoio aos municípios para implementação da pedagogia.

Panorama no Brasil

Como referência para o estudo de viabilidade, Goura destaca que há escolas Waldorf públicas no Brasil, geralmente estruturadas como organizações sociais conveniadas com prefeituras ou em parceria com comunidades.

Essas instituições concentram-se na educação infantil e no ensino fundamental, atuando principalmente em regiões mais carentes, com exemplos presentes na Bahia, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.

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A Federação das Escolas Waldorf no Brasil (FEWB) dá suporte a essa redesocial, que se dedica a expandir a pedagogia Waldorf para além do âmbito dasescolas privadas tradicionais, por meio de iniciativas como a EMEB “Quintal doAníbal” (Jundiaí/SP) e a Escola Municipal Araucária (Camanducaia/MG).

Em Curitiba e região, a situação é um pouco diferente. Atualmente são 17 escolas Waldorf na capital paranaense e uma em Campo Magro. Algumas delas, porém, estão com dificuldades de regulamentação junto a alguns órgãos de fiscalização. Os representantes explicam que, por ser uma pedagogia que utiliza o contato com a natureza e com o fazer manual, esbarram em algumas exigências previstas para as escolas convencionais.

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