Curitiba ganha órgão preventivo de drogas

A prevenção ao uso de drogas ganhou mais um aliado no combate do problema em Curitiba. A cidade conta agora com o Centro de Informações Curitiba sem Drogas, uma biblioteca itinerante idealizada pela Associação Parceria contra as Drogas (APCD). A implantação contou com o apoio da Coordenação Estadual Antidrogas, da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju), e da empresa de telefonia Brasil Telecom.

A diretora executiva da APCD, Marylin Tatton, conta que o centro tem como objetivo prevenir e informar sobre a utilização de entorpecentes e bebidas alcoólicas. A biblioteca itinerante possui 32 livros e 32 vídeos sobre as mais diferentes temáticas sobre as drogas, além de um televisor, um aparelho de vídeo e um computador. Entre o material disponível está um guia de orientação para pais e orientadores. ?A intenção é percorrer diferentes pontos da cidade e atingir o maior número de pessoas possível. Os interessados poderão consultar e emprestar o material do centro?, comenta.

De acordo com Marylin, o guia indica que é possível conversar sobre drogas com os filhos desde os dois anos de idade. ?Isso é muito importante porque cresce o número de pessoas que se envolvem com as drogas. A falta de diálogo das famílias e a inversão de valores está fazendo com que isso aconteça?, afirma.

Outro reforço para o combate contra as drogas também foi lançado ontem. A Brasil Telecom produziu 480 mil cartões telefônicos com a mensagem: ?A droga mais consumida por crianças e adolescentes é a bebida alcoólica, com a permissão de adultos?. O diretor de relações institucionais da empresa no Paraná, Leôncio Vieira de Rezende Neto, explica que os cartões serão distribuídos em todo o Estado. ?Essa é uma mídia extremamente poderosa, pois as pessoas ficam 25 dias com o cartão, em média, e usam cada cartão por até 15 vezes. É certo que essa iniciativa fará alguma diferença?, aponta.

A coordenadora estadual antidrogas, Cleuza Canan, conta que a mensagem sobre bebidas alcoólicas foi utilizada nos cartões telefônicos como auxílio na política pública para a diminuição e inibição do consumo de álcool. ?É a porta de entrada para outras drogas, como maconha, cocaína e crack?, lembra. Segundo dados da Seju, o uso de bebida alcoólica está começando cada vez mais cedo, entre os 9 e 12 anos. Cleuza acredita que o Estado somente ganha ao possuir ferramentas como as mensagens nos cartões e o Centro de Informações Curitiba sem Drogas.

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