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| Trecho de 33 quilômetros vai desafogar tráfego de caminhões. |
Para felicidade dos moradores do bairro Santa Felicidade, em Curitiba, as obras de construção do Contorno Norte – que tem 33 quilômetros de extensão e ligará a BR-277 à BR-116 – estão entrando em fase de conclusão. A expectativa é de que o término do contorno aconteça em março ou abril do próximo ano e resulte no desvio do tráfego de veículos pesados do perímetro urbano, o que vem gerando buracos nas ruas e mesmo rachaduras em algumas residências. Desde que as obras tiveram início, os moradores também sofrem devido ao barulho das máquinas e à poeira.
Segundo o secretário de Estado dos Transportes, Waldir Pugliesi, o contorno tem um orçamento total de R$ 8 milhões. Já foram finalizados os lotes 1, que vai da BR-277 à Avenida Manoel Ribas, e 3, que vai da Rodovia dos Minérios até a Rodovia da Uva. Faltam os lotes 2, que vai da Manoel Ribas até a Rodovia dos Minérios, e 4, que vai da Rodovia da Uva até a BR-116 e é de responsabilidade do governo federal. "No lote 3, os trabalhos estão se concentrando na construção das alças de interseção com a Rodovia dos Minérios. No local, assim como nos outros lotes, todas as desapropriações necessárias já foram realizadas e pagas", afirma o secretário. No que diz respeito ao lote 4, Pugliesi revela que há conversações com o Ministério dos Transportes para que tudo seja finalizado o quanto antes.
As obras de construção do Contorno Norte tiveram início em setembro de 2003. A previsão era que tudo fosse concluído até setembro deste ano. O atraso se deu devido ao tipo de solo no local da obra – chamado "solo mole" e que precisa ser substituído -, às chuvas e também a atrasos em alguns processos de desapropriações. "O contorno pronto vai trazer muitos benefícios à população de Santa Felicidade", declara. "A expectativa é de que, com o término das obras, cerca de 12 mil veículos sejam desviados por dia de dentro do perímetro urbano, beneficiando os moradores que sofrem com o tráfego de veículos pesados".
Moradores
Para os moradores de Santa Felicidade, principalmente aqueles que moram nas proximidades do contorno, a possibilidade de término rápido das obras é considerada um alívio. Muitos não vêem a hora de o contorno ficar pronto e o tráfego de veículos pesados ser desviado de suas ruas.
É o caso da dona de casa Ilda Modeski. Devido à circulação de caminhões, as paredes de sua residência estão cheias de rachaduras. "Nem posso pensar em consertar as paredes antes do contorno ficar pronto, pois não iria adiantar nada. Por isso, não vejo a hora de as obras acabarem", afirma.
O vigilante Aílton Rodrigues, que também mora em Santa Felicidade e trabalha de moto, prevê a melhoria do trânsito no bairro. "Vai ser muito bom quando os caminhões deixarem de passar pelas áreas residenciais. Eu mesmo, que trabalho de moto, já fui fechado por caminhões várias vezes. Atualmente, o trânsito em Santa Felicidade está muito perigoso."