Para os cofres públicos

Justiça manda concessionária de pedágio devolver R$ 150 milhões para o Paraná

Caminhos do Paraná vai devolver R$ 150 milhões aos cofres estaduais.| Foto: Henry Milléo/Arquivo/Gazeta do Povo

A Concessionária Caminhos do Paraná devolverá R$ 150 milhões aos cofres do estado por cobranças consideradas irregulares na praça de pedágio localizada no município da Lapa, entre os anos de 2003 a 2018. A decisão foi do juiz federal da 1ª Vara Federal de Curitiba, Friedmann Anderson Wendpap, divulgada pela Justiça Federal nesta segunda-feira (4). É a primeira vez que uma empresa que não fez um acordo de leniência devolverá a quantia arrecadada.

LEIA MAIS – Usar máscara é lei em Curitiba e no Paraná, mas como é a fiscalização?

A Ação Civil Pública foi movida pelo Ministério Público Federal e tinha o objetivo de investigar indícios de atividades criminosas praticada por agentes privados e públicos ligados à concessão viária há mais de 20 anos. Essas ações teriam causado desequilíbrio econômico-financeiro no contrato entre o Estado do Paraná e a empresa Caminhos do Paraná S/A, acarretando prejuízo aos usuários das rodovias.

O pedido inicial feito pelo Ministério Público Federal era do pagamento de R$ 700 milhões, com base em estimativas do período investigado. A Caminhos do Paraná, no entanto, alegou que o lucro líquido com a operação da Praça da Lapa, entre os anos de 2003 e 2018, foi de aproximadamente R$ 150 milhões. As contas da concessionária levam em consideração a soma do lucro operacional, descontando os valores recolhidos em Imposto de Renda e Contribuição Social.

LEIA AINDA – Aprovado em 2º turno, socorro ao transporte de Curitiba segue para a sanção de Greca

A concessionária, ao lado de outras empresas do ramo, é alvo de investigação na Operação Integração – a 48.ª etapa da Lava-Jato -, que apura crimes envolvendo a concessão de rodovias federais do Paraná. Segundo as investigações, nas duas últimas décadas, várias obras que deveriam ter sido feitas nas estradas do Anel de Integração, conforme os contratos, deixaram de ser realizadas.

A Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria de comunicação da Caminhos do Paraná, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. Ao portal G1 Paraná, a concessionária comunicou que vai pagar os valores, sem recorrer da decisão.

LEIA MAIS – Casamentos, negócios, viagens: os sonhos adiados dos curitibanos pelo coronavírus

Segundo a Justiça, a Caminhos do Paraná apresentou um plano de devolução do valor em prestações que vão até outubro de 2021, sendo que 50% do montante será depositado nos primeiros 12 meses.


Precisamos do seu apoio neste momento!

Este conteúdo te ajudou? Curtiu a forma que está apresentado? Bem, se você chegou até aqui acredito que ficou bacana, né?

Neste cenário de pandemia, nós da Tribuna intensificamos ainda mais a produção de conteúdo para garantir que você receba informações úteis e reportagens positivas, que tragam um pouco de luz em meio à crise. Bora ajudar?

Ao contribuir com a Tribuna, você ajuda a transformar vidas, como estas

– Pai vende vende 1000 bilhetes de rifa com a ajuda da Tribuna pra salvar o filho
– Leitores da Tribuna fazem doação de “estoque” de fraldas para quíntuplos
– Leitores se unem para ajudar catadora de papel de 72 anos

E tem várias outras aqui!

Se você já está convencido do valor de sua ajuda, clique no botão abaixo