Causas de queda de avião em Paranavaí são desconhecidas

Ainda não existe previsão para a Aeronáutica concluir as investigações sobre as causas do acidente com o monomotor modelo P35, que caiu domingo no pátio de uma escola em Paranavaí, noroeste do Estado. Cinco pessoas morreram no acidente.

Ontem, três técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V), do Rio Grande do Sul, chegaram à cidade, onde devem ficar por tempo indeterminado. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, em Brasília, informou que ninguém deverá se manifestar sobre o assunto até o final dos trabalhos.

Hoje as atividades na Escola Municipal Ilda Campano Santini voltam ao normal. A escola, que foi inaugurada há cerca de dois meses e abriga perto de 180 alunos em tempo integral, não foi afetada pelo acidente, já que a aeronave caiu em um pátio vazio, onde será construída a área de lazer da unidade.

Os destroços do avião começaram a ser retirados do local ontem pela empresa proprietária da aeronave, quando a Polícia Civil liberou o material. De acordo com o superintendente do aeroporto de Maringá, Marcos Valêncio, o piloto do monomotor entrou em contato com a torre de controle do aeroporto para saber das condições climáticas. Apesar de a fonia estar ruim, Valêncio diz que deve fornecer a gravação se a mesma for solicitada pela perícia.

O acidente

O avião prefixo PT-LUQ caiu por volta das 11h de domingo, três horas depois de ter decolado de Sonora (MT). O piloto, Flávio Marcelo dos Santos, tentou descer em Arapongas, mas não conseguiu pela falta de visibilidade. Depois de pedir informações sobre as condições do tempo em Paranavaí à torre de Maringá, caiu no pátio da escola, que fica no Jardim Maringá.

Morreram no acidente, além do piloto, o empresário dos grupos Daron e Simbal, Adriano Romera, e sua esposa, Siolmar; João Romera (sobrinho de Adriano), diretor das lojas Romera Móveis e Eletro Informática; e o técnico agrícola e amigo da família, Rômulo César Fernandes.

A família Romera e o técnico agrícola foram velados no centro de eventos Expoara, em Arapongas, e sepultados no final da tarde de ontem no cemitério municipal da cidade.

O corpo do piloto do avião foi levado para Ourinhos (SP). Segundo testemunhas, Flávio Marcelo dos Santos teria desviado o monomotor para evitar atingir residências vizinhas à escola. O avião caiu cerca de 1,3 quilômetro de distância do aeroporto. Chovia muito na hora do acidente.