Beleza das orquídeas exige cuidado

Manter uma orquídea viva e bela não é tarefa fácil. Primeiro porque ela é dividida em três espécies ? rupícula, epífeta e terrestre ?, e cada uma delas exige cuidados específicos, mas a maioria das pessoas desconhece isso. Segundo porque métodos convencionais a outros tipos de plantas ? como colocar um pratinho embaixo do xaxim ? não pode ser aplicado às orquídeas. Essa prática pode levar, inclusive, à morte da planta. O alerta é do orquidófilo Mauro Alves Ferreira, sócio-gerente da Chácara Orquilanda, que ministra curso a partir de terça-feira, em Curitiba, para quem quiser aprender a cuidar das orquídeas.

“As pessoas têm muitas dúvidas. Por exemplo, a maneira de molhar a orquídea, onde deixá-la”, conta Mauro. Segundo ele, antes de mais nada é preciso conhecer o tipo de planta: se é terrestre, epífeta (aquela parasita que vive grudada nos galhos, utilizando a árvore como hospedeira) ou rupícula (as que se originam nas rochas). “Se plantar uma epífeta na terra, por exemplo, ela vai durar um ou dois anos. Com o tempo ela não floresce mais e vai começar a morrer”, explica.

Espécies

Em todo o mundo são mais de 35 mil espécies naturais de orquídeas e 150 mil híbridas. De comum entre todas elas está a preferência por pouca umidade, lugares arejados e iluminados, mas sem o contato direto do sol. “O acúmulo de água pode causar apodrecimento das raízes, por isso não se deve colocar pratinho sob o vaso”, esclarece. Quanto à freqüência com que a orquídea deve ser molhada, Mauro explica que, no verão, pode ser de duas a três vezes por semana. No verão, dependendo a planta, apenas uma vez por semana. “O ideal é que, através do tato, se verifique se a planta precisa de água ou não”, orienta.

Quanto ao local onde pode ser deixada, Mauro afirma que a sombra tem que ser de 50%. No inverno, é preciso evitar corrente de vento, principalmente o vento sul, que pode matar a planta. Com relação ao plantio, as espécies rupículas sobrevivem em substratos secos, como pedra brita, ou substrato drenado, como pedaços de madeira, fibra de xaxim. As espécies terrestres devem ser plantadas em substrato com terra e as epífetas em xaxim desfibrado ou casca de pinus. Já os preços podem variar de R$ 5,00 ? Dendrobium nobile, conhecida popularmente como “olho-de-boneca” ? a R$ 100,00 ? orquídea “vanda”.

Além dos leigos, Mauro indica o curso também para aqueles que também interesse comercial. “Quase 90% das orquídeas vendidas no Estado vem de fora, principalmente de São Paulo. Há poucos produtores aqui”, diz

Serviço:

O curso de orquídeas acontece de 15 a 19 de outubro, das 19h às 21h. O custo é R$ 30,00. Informações pelo fone (41) 357-4169 ou na Rua Holanda, 1072, Boa Vista, em Curitiba.

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