A Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil (ACGB) comemorou, ontem, dois anos do trabalho de retirada das pichações dos muros da Travessa da Lapa, no centro de Curitiba. Antigamente havia pichações em toda a extensão da via, o que deixava o local com um aspecto de abandonado e perigoso. Com o auxílio de zeladores, a entidade está conseguindo manter a travessa limpa. Este projeto também abrange outros lugares do centro da cidade, com o apoio de empresas parceiras.
Há dois anos, o trabalho de pintar os muros da Travessa da Lapa teve a participação especial de 50 alunos da Escola Estadual Isolda Schmid. Desde então, algumas pichações aparecem neste trecho, mas a ACGB realiza a manutenção das pinturas. "Apesar de aparecerem todos os dias, o número de pichações na rua caiu drasticamente. O jeito que a Travessa da Lapa ficou é o símbolo do nosso trabalho", fala Estela Rohde, coordenadora da associação.
Para participar do projeto, o proprietário do imóvel precisa apenas autorizar a atuação dos integrantes da ACGB, sem qualquer custo. Na Travessa da Lapa, desde a Sete de Setembro até a Marechal Deodoro, somente uma propriedade não autorizou a associação a fazer a pintura dos muros.
A manutenção do trabalho é feita por seis zeladores, que cuidam de 62 ruas e 2,1 mil telefones públicos localizados na área central de Curitiba. Os zeladores foram contratados formalmente. Seus salários, encargos sociais e todo o material utilizado em serviço são bancados por empresas parceiras da associação. O zelador Armando dos Santos conta que a manutenção é feita todos os dias, pois as pichações aparecem constantemente. "Todo dia existe uma nova pichação, principalmente nas ruas mais movimentadas, como Marechal Floriano, Sete de Setembro e Lourenço Pinto. Mas dá para perceber as melhoras. Se não fosse este tipo de trabalho, a situação estava complicada", acredita.
Armando e seus companheiros também limpam os telefones públicos, outros alvos constantes dos pichadores. As comemorações contaram com a presença de alunos da Escola Estadual Isolda Schmid, além de integrantes da associação. Eles distribuíram panfletos de orientação e pedaços de bolo para quem passava na esquina da Travessa da Lapa com a Avenida Visconde de Guarapuava.