Para Polícia Federal, Hamilton Lacerda entregou dinheiro a petistas

O delegado da Polícia Federal, Diógenes Curado, e o procurador Mário Lúcio Avelar estarão hoje, em São Paulo, para interrogar Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante. Hamilton sacou recursos e é apontado como um dos responsáveis pela entrega do dinheiro aos petistas presos com R$ 1,75 milhão no caso do dossiê Vedoin.

O então coordenador de comunicação da campanha petista em São Paulo também teria intermediado as negociações com a revista IstoÉ para publicação do dossiê e da entrevista dos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, chefes da máfia dos sanguessugas.

A informação foi divulgada após uma devassa, ontem, em casas de câmbio, bancos e instituições financeiras de São Paulo. Para a PF, esta é a prova definitiva que liga o PT à compra do dossiê.

Além de Hamilton, pelo menos mais um emissário foi designado pelo Diretório Nacional do PT para resgatar os dólares em São Paulo e no Rio. Esses emissários são o elo que faltava para fechar toda a cadeia de comando da operação, apelidada de ´Tabajara´ por causa da sucessão de trapalhadas, montada pelo PT para prejudicar candidaturas tucanas

Agora a PF já tem os nomes de todos os envolvidos na operação de recolhimento do dinheiro R$ 1,16 milhão e R$ 248,8 mil e sua entrega em duas remessas aos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, que acabaram presos com a quantia no Hotel Íbis, em São Paulo, no dia 15.

A divulgação das informações, com os nomes dos responsáveis e a tipificação dos crimes de cada um, ainda depende de uma checagem final que está sendo feita pelo Ministério Público e a PF, além de uma consulta ao juiz federal Marcos Alves Tavares, ao qual o processo está submetido.

Até agora, sete petistas estão formalmente investigados como suspeitos de envolvimento direto com o escândalo. As diligências podem levar ao indiciamento de pelo menos outros cinco integrantes do partido. Eles devem responder a processo por crime eleitoral, ocultação de documentos de interesse da Justiça lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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