Para Chinaglia, apesar de Fruet, é possível vencer no 1.º turno

O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, disse nesta quarta-feira (24) acreditar que ainda é possível vencer a disputa no primeiro turno. Ele admitiu porém, que a entrada do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) deverá tirar votos tanto dele como de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição. "Houve uma repaginação da disputa, mas continuo trabalhando para, se possível, ganhar no primeiro turno", afirmou.

Para Chinaglia, é natural que o governador Aécio Neves (PSDB-MG) assim como os deputados tucanos apóiem a candidatura de Fruet, mas ressaltou que sua relação com o PSDB não será alterada. O candidato concedeu uma entrevista coletiva na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na qual revelou que, se eleito, não irá defender o reajuste de 90% dos salários dos deputados federais. "Não há mínima hipótese de conceder tal reajuste", declarou.

Segundo ele, seria fundamental retomar as discussões com relação ao teto do funcionalismo público. O deputado afirmou ainda que, se eleito, irá levar essa discussão aos líderes dos partidos e caberá ao Plenário a decisão. Chinaglia disse, entretanto, que antes de retomar a discussão do teto irá ouvir o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie. "Se depender da minha opinião, o que vai acontecer, com relação a este assunto, é de um reajuste pela inflação.

Dirceu

O candidato negou que pretenda patrocinar a anistia do ex-ministro José Dirceu (PT). "Como presidente não vou patrocinar a anistia de ninguém. Se alguém vai decidir essa anistia, que seja o Plenário", disse. Com relação ao racha da base aliada do governo, por conta da disputa entre ele e Rebelo, Chinaglia diz não acreditar neste racha, pois "é mais otimista".

"O ideal seria que tivesse havido um fórum da base aliada para escolher o candidato. Eu me submeteria a isso, como forma de demonstração de unidade entre os partidos", afirmou. E acrescentou: "Se isso não ocorrer, vamos para a disputa. Mas de qualquer forma, não acredito que um partido que apóie o governo irá contrariar o programa desse mesmo governo.

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