Operação já prendeu 15 policiais suspeitos de crimes no Rio

Rio (AE) – Quinze policiais suspeitos de participação em crimes foram presos em um mês e meio de Operação Navalha na Carne, idealizada na tentativa de conter o avanço da criminalidade nos batalhões do Rio. Isso corresponde à média aritmética de uma prisão a cada três dias.

Além dos PMs, a "Navalha Carne" levantou dados que permitiram a prisão da ex-presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Maria Luíza Carlos, a "Madrinha", e do atual presidente da entidade, William de Oliveira, libertado posteriormente graças a um habeas-corpus. Ambos são investigados como elos entre os traficantes e os policiais militares e encarregados de intermediar pagamentos de propinas.

O objetivo da Secretaria Estadual de Segurança é limpar a corporação, expulsando PMs envolvidos em crimes. Dos 15 detidos, oito policiais militares são do 15º BPM (Duque de Caxias) suspeitos de envolvimento com o grupo de extermínio que, provavelmente em represália às prisões, assassinou dois homens nos fundos do batalhão, decapitou um deles e jogou a cabeça sobre o muro, no pátio do quartel. Os outros sete presos são do 23º BPM (Leblon) e foram presos por facilitar o tráfico de drogas na Favela da Rocinha.

De 1999 a 2004, foram demitidos das Polícias Civil e Militar 950 policiais, sendo 796 policiais militares e 154 civis. Com a entrada em vigor, em dezembro de 2003, da lei conhecida como "Linha Direta", de autoria do governo do Estado, se tornaram mais rápidos os processos de exclusão de policiais civis cuja tramitação não tinha a celeridade dos processos na PM. Somente em 2004, foram expulsos 69 policiais civis.

Voltar ao topo